Capítulo 2

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Jeongguk

— Ela pode acordar com dores então passei alguns analgésicos.

— Então quer dizer que ela já está de alta?- perguntei.

— Sim, mas recomendo que o senhor observe ela pelos próximos dias. O que ela passou hoje pode resultar em traumas muito difíceis de superar.

— Obrigado doutor.

O doutor apertou o meu ombro e logo depois saiu do leito me deixando sozinho com a garota.

Quando eu estava voltando pra casa vi uma garota na rua aparentemente desmaiada, quando me aproximei tive a vaga lembrança de tê-la visto mais cedo mas diferente de hoje cedo ela estava cheia de hematomas.

Eu havia ficado tenso pois não sabia o que fazer mas mesmo assim a ajudei e a trouxe ao hospital, o médico havia dito que pelos exames que foi feito na mesma, a garota havia sido agredida e possivelmente violentada a julgar pela a calça suja de sangue o que me fez sentir pena dela e uma espécie de raiva pelo idiota que fez isso.

Suspirei ao lembrar da forma que a encontrei e depois olhei pra trás vendo que a mesma havia acordado.

— Você acordou. Como se sente? - Perguntei dando passos cautelosos até ela.

Ela não me conhece e mesmo que eu tenha dito a ela antes dela desmaiar quem eu era e que a ajudaria, a garota pode não se lembrar de mim.

Ela apenas me encarou e comprimir os lábios meio desconfortável pelo seu olhar sobre mim, seus olhos eram quase negros e vazios mas ainda sim me encarava com uma intensidade que eu nunca senti.

— Você sabe por que está aqui?

— Sei.- ela respondeu. —Obrigada por me ajudar... Jeongguk?- ela pendeu a cabeça para o lado como se perguntasse se acertou o meu nome.

Apenas dei um meio sorriso.

Ela fez menção de levantar mas deve ter sentido dor a julgar pela sua careta. Fui até ela e a ajudei a se pôr de pé, ela olhou pra mim novamente com a mesma intensidade e eu não sabia pra onde olhar, só sabia que não conseguia encarar aquela garota de volta.

— O doutor já te deu alta, eu posso te levar pra casa se quiser. – disse sem olhar pra ela.

— Obrigada.

Peguei os seus exames e fomos até a recepção do hospital, paguei pela sua consulta e logo a guiei até o carro alugado o qual ela entrou um pouco receosa.

Durante o caminho fiquei tentado a perguntar o que houve, se ela denunciaria quem fez aquilo com ela mas eu não tive coragem. De vez em quando me arriscava a olhá-la e via que ela já me encarava perdida em pensamentos.

Aquele silêncio mais o seu olhar sobre mim me deixava tenso por não saber o que fazer. Graças a Deus o hospital que a levei não era tão longe do nosso prédio e em poucos minutos chegamos no mesmo.

Descemos do carro e entramos no prédio pegando o elevador logo em seguida, quando chegamos no terceiro andar saímos do mesmo mas ela não me acompanhou, olhei pra trás e vi que ela estava parada a poucos metros do elevador.

— O que houve? - perguntei.

— Eu... Perdi a minha bolsa com a minha chave dentro, não tenho como entrar no meu apartamento.

Levei a mão a nuca e cocei a mesma enquanto pensava em algo, me passou duas soluções pela minha cabeça sendo a segunda um pouco absurda pois somos desconhecidos.

— Eu posso ligar pra um chaveiro tentar abrir a porta. Pode ser demorado mas você pode ficar no meu apartamento essa noite e amanhã resolver o problema.

Borderline - UnlimitedWhere stories live. Discover now