Capítulo 17

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Jeongguk

Deitado na minha cama, estava olhando para o teto e suspirando a cada dois minutos. Era exatamente assim que eu me encontrava depois de me despedir de Gaby após o nosso último encontro. Não posso negar que fiquei chocado com que ela havia me dito, mesmo sabendo que ela tinha algum problema a julgar pela forma estranha que ela insistia em dizer que me machucaria, que era uma bomba prestes a explodir entre outras coisas, mas nunca havia me passado pela cabeça que ela tivesse vício em sexo, que ela fosse uma ninfomaníaca.

Ela é uma mulher que praticamente vive de sexo, que deseja transar praticamente a todo instante. Com certeza é um dos maiores sonhos de todos homens mas isso me assombra.

Com quantos homens a minha garota já esteve?

Aquela pergunta não queria sair da minha cabeça. Só de imaginar o que vários já fizeram com ela o que eu venho desejando há dias, me deixa apreensivo. 

E se alguns desses homens com que ela já esteve tivesse alguma doença sexualmente transmissível? E se ela tiver contraído alguma doença e me passado caso eu tivesse cedido aos meus desejos por ela? Não sei se consigo lidar com o fato dela ter alguma DST. Seria demais pra mim.

Mas Gaby é praticamente a garota dos sonhos! Não me exige encontros, nunca nem sequer tocou no assunto sobre conhecer meus pais. – não que eu não pretendesse apresentá-la, pelo contrário, quando passássemos dos cem dias, com certeza eu apresentaria Park Gabrielle como minha namorada aos meus pais– nem mesmo usar roupas de casais ou algo que comprovasse que estávamos juntos como um anel ou uma pulseira, além dela ser a garota mais linda que eu já conheci.

Os traços levemente asiáticos - já que sua mãe ou pai deve ser estrangeiro -, os cabelos um pouco abaixo dos ombros, sorriso encantador e sem dúvidas um corpo desejável para qualquer homem. Por que ela tinha que ser assim?

Meu celular tocou me tirando dos meus devaneios. Estiquei meu braço e peguei em cima da minha mesa de estudos, ao olhar quem era na tela, rir sem humor.

— Yoboseyo.– atendi.

— Jeon Jeongguk, você não lembra mais que tem um hyung, não? Hum?

— Annyeong, hyung. Como você está?

— Um pouco melhor. Devo receber alta em poucos dias, graças a Deus! Não aguentava mais ficar nesse hospital.– ele suspirou. — E você dongsaeng, como você está?

— Sinceramente? Eu não sei. Estou tão confuso, hyung.– lamentei.

— O que houve?

— Estou namorando.– falei rápido por conta da vergonha.

— Woah, eu ouvi direito? Meu dongsaeng finalmente está apaixonadinho?

— Eu... Aish hyung!

Ele riu por saber que as minhas bochechas deveriam estar realmente rubras.

— Ah Guk, estou feliz por você. Confesso que tive medo de você nunca se relacionar com alguém por me ter como exemplo.– ele suspirou triste.

Meu peito apertou. Eu odiava que ele soubesse que no fundo minha falta de envolvimento com as garotas tinha sido resultado do que tínhamos passado com ele. Não queria que ele se sentisse responsável por essa merda.

— Jeongguk? Ainda está aí? Yoboseyo?

— Ainda estou aqui, hyung. – respondi. — Amanhã será um dia cheio pra você?

— Somente pela manhã. Sabe, os exames diários de sempre.– ouvi uma voz feminina extremamente conhecida perguntando com quem meu irmão mais velho falava ao telefone e quase finalizei a ligação.— Gukie a mamãe quer falar com você.

Borderline - UnlimitedWhere stories live. Discover now