Borderline - Unlimited

Capítulo 16

Já estávamos com exatos vinte e um dias de namoro. Pensei que não chegaríamos nem a uma semana sequer mas aqui estamos, novamente em seu apartamento para mais uma maratona de Iron Man. Mesmo antes de darmos uma chance um ao outro, eu já havia percebido que o Jeon não gostava muito de sair de casa, gostava mais de ficar largado no sofá da sala assistindo filmes ou jogando jogos que eu não vazia ideia quais eram, afinal nunca prestei atenção durante essas três semanas juntos.

Sim, eu ainda não havia me acostumada a estar "próxima" dele, de conviver com ele mas estava dando o meu melhor pois algo dentro de mim me dizia que Jeongguk me fazia bem e sua companhia de fato era o meu melhor remédio, eu já sentia que ele era o meu controle. Com ele eu me obrigava a ter controle e limites para não o assustar.

Jeongguk e eu já havíamos saído para tomarmos sorvete ou apenas dar um passeio pelo N. Seoul Tower ou pelo rio Han, mas eu sabia que ele ficava mais confortável no seu apartamento, largado no sofá há uns 15 centímetros de distância de mim, completamente concentrado em um filme que ele claramente sabia todas as falas, até detrás para frente se duvidar. Eu apenas ficava ali quietinha o observando, com mil e um pensamentos na cabeça, todos relacionados a mim e Jeongguk em qualquer cômodo de seu apartamento ou no meu, sem roupas e completamente insanos enquanto nos perdemos um no outro mas infelizmente isso era algo que iria demorar muito pra acontecer.

Não somos como os casais normais da Coreia. Já nos beijamos, ele já me viu sem roupa, me tocando enquanto pensava nele e sabe que eu não sou mais virgem mas ainda sim ele parece ser do tipo de garoto respeitador, que só irar dar um passo a mais na nossa relação quando tivermos meses de namoro e conhecermos mais um ao outro, quando o "momento certo " certo chegar e que pode ser naturalmente... Ou ele pode ser apenas tímido demais e eu precise trabalhar mais para acabar com o seu pudor.

— Você realmente não gosta de assistir comigo.– o ouvi dizer.

Quando vir dar por mim o filme finalmente havia acabado e sua atenção estava direcionada a mim, ele parecia estar um pouco decepcionado consigo mesmo e até mesmo um tanto frustrado.

— Eu gosto de estar com você.– respondi sincera.

— Desculpe. Prometo que iremos sair amanhã pra algum lugar como um casal normal, ok?

— Não precisa, podemos continuar nos encontrando aqui ou no meu apartamento.

"Asssim temos privacidade e será mais fácil de tentar transar com ele." Pensei e instantaneamente um sorrisinho surgiu nos meus lábios e ele deve ter notado a malícia nele; suas bochechas ficaram rubras mas o mesmo logo tratou de virar o rosto para que eu não o visse.

— Ainda está cedo, quer fazer algo?

— Quero. – respondi sem hesitar.

— O quê? – voltou a me olhar.

Mordi o lábio inferior, o olhando com o meu melhor olhar convidativo, com a expressão mais sexy que eu sabia e vê-lo engolindo em seco me fez sentir a vontade de me aproximar dele, findando os malditos 15 centímetros de distância que tínhamos naquele sofá e apenas o encarei a espera de uma atitude que demorou um pouco mas veio, porém não do jeito que eu eperava.

— O que foi? – ele perguntou confuso.

— Na-nada.