Capítulo 3

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  Rafaela narrando:

-Meu nome é Christian Reymond. Tenho 35 anos. Tenho mestrado, doutorado e mais um monte desses títulos que impressionam os outros. - Que exibido.
 
  -Gosto muito de ensinar. - Ri alto quando ele disse isso, lembrando do que Rose disse mais cedo. Ele percebeu. Que droga! - Que eu saiba não contei nenhuma piada, Srta. Torres.

   -Perdão. - Digo com minha voz trêmula. Que droga!
 
  Ele me olhou com cara de desaprovação e seguiu:

  -Serei o professor de Penal de vocês no semestre e sou bem tranquilo em meus métodos de ensinamento. Não gosto de ser tratado como palhaço, pois estou aqui pra fazer com que aprendam, não que riam. - Ele nem precisou me olhar para eu saber que as palavras eram dirigidas a mim.
 
  Ele terminou o que tinha a dizer, foi uma apresentação bem técnica, falando apenas de sua formação. Nem de seu estado civil ele falou, pra decepção de muitas.

  Logo após a aula chegou ao fim, era hora do intervalo. Dei graças a Deus por sair daquela sala, após passar essa vergonha. E eu tinha achado que Jess gaguejando era ruim, eu a superei.

  Eu me encaminhava para a saída da sala, perdida em meus pensamentos, nem reparei que Christian estavam em meu caminho. Esbarrei nele fazendo com que seu celular que estava em sua mão voasse. Que droga, de novo!
 
  Se minha meta para o primeiro dia de aula era conquistar o ódio dele, eu estava de parabéns.

  -Perdão, eu...- após notar a expressão de ódio dele, achei melhor não prosseguir. Apenas peguei o celular, entreguei a ele e sai correndo, deixando minhas amigas que assistiam a cena para trás.

  -Você endoidou? - pergunta-me Jess no refeitório. - Você deve ter o novo recorde de ser odiada pelo professor no menor tempo. A cara que ele te olhou quando você saiu...

  -Tente não me lembrar disso, Jess.

  Após o incidente, até que o tempo passou rápido, tivemos aulas de Direito Trabalhista após o intervalo. A matéria já não é das melhores, e a professora não parecia estar afim de cooperar.

  Tive de fazer um grande esforço pra não dormir. Até as nerds tem seus momentos de fraqueza.

  Finalmente deu o horário de voltar pra casa. No corredor eu vi Christian, mas tentei mater uma grande distância entre nós, para minha segurança e a dele tambem.

  No caminho pra casa, eu e Jess cantava-mos, juntas com a música que tocava no carro. Até que a música acabou e Jess quis conversar:

  -E aí que tal o novo professor?

  -Ele é lindíssimo, mas o ódio que ele tem de mim nesse momento, é maior que a beleza dele.- Jess riu.

  -Eu sei bem onde queria que ele me desse umas aulas.- Disse maliciosa.

  -Meu Deus, Jess. - Foi tudo o que disse, então voltamos a cantar.

  Nós tivemos aquele jantar maravilhoso chamado: "A pizza que sobrou de ontem". Depois eu fui me deitar, os ocorridos me fizeram perder a vontade de conversar.

  Deitei em minha cama, pensando qual era o problema daquele homem, que uma hora parecia alguém divertido e outra hora ficava super ofendido com uma risada.
 
  E foi com esses pensamentos que cai no sono.

Querido Professor Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora