Capítulo 4

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Christian narrando:

  Aquela garota só podia estar de brincadeira. Rir de mim porque eu disse que gosto de ensinar? Eu sei o que essa simples frase pode ter causado nela, mas bem que ela podia se controlar.

  Pra completar ainda derruba meu celular depois. Eu não me irritaria tanto com isso, mas juntando tudo... que droga!

  No intervalo fui tomar um café pra ver se superava essa raiva.

  Enquanto tomava meu café, em um canto da faculdade que ninguém frequentava, eu tentava me lembrar do rosto das novas alunas, pra saber com qual delas ia me divertir.
 
  A menina que gaguejou era bem interessante, morena, cabelos bem negros, com um olho azul que contrastava. Linda. Podia ser uma das próximas da minha lista.

  Eu sempre gostei das ruivas também. E aquela ruvinha até que era interessante, embora fosse muito irritante e atrapalhada.

  Posso pensar numa maneira interessante de fazê-la pagar pela raiva que passei hoje.

  Eu terei que escolher entre as duas, elas chamaram minha atenção, tenho que admitir. Em outra situação eu nem escolheria, mas elas moram juntas, não dá pra pegar as duas, infelizmente.

  Então era me divertir com a morena, que já deu vários sinais de que se interessa por mim. Ou me vingar daquele ruiva da melhor forma.

  A segunda opção parece bem interessante.

  O intervalo voou. Hora de conhecer mais algumas alunas. Tem certas alunas que fazem tornar impossível não misturar o pessoal com o profissional. Afinal, eu quero misturar mesmo.

  Com esses pensamentos eu rio sozinho e me encaminho pra sala.

  Chegando lá causo as mesmas reações de sempre. Tiro suspiros das meninas, gero ciúmes em alguns meninos.

  Como aqui nenhuma delas despertou meu interesse, pulo a parte das apresentações e vou logo passando matéria.

  Por mais incrível que pareça, eu realmente gosto de ensinar. Esse só não é o principal motivo de eu estar aqui.

  Após o término da aula, quando eu pensava em ir para casa, meu celular toca. Vejo que é o número da Karen. Bom não é em casa que vou dormir hoje.

  Gosto muito das alunas, mas algumas professoras também tem seus encantos, Karen é uma delas.

Eu atendo:

  -Oi, Karen?

  -Olá, meu amor. Como está?

  -Estou bem e você?

  -Estou sozinha. Bem que você podia vir aqui.

  -Estou a caminho, gata.

  Desligo o telefone e entro em meu carro, já imaginando como vai ser a noite de hoje.

                      .....

  Acordei em meio a um emaranhado de cabelos loiros.

    Tentei tirar meu braço de baixo de Karen sem acordá-la. Falhei.

  -Bom dia, gatão.

  -Bom dia, linda.

  -Que noite. - Diz ela com malícia, apenas assenti sorrindo.

  -Já estou pronta pra mais uma. - Ela diz e sobe em cima de mim.

   O bom dessa mulher é que ela é insaciável.

   Após um bom início de dia me despeço de Karen e vou para minha casa, organizar as aulas de hoje.

  Sento em meu escritório, abro meu notebook e verifico os horários. Vejo que todas as turmas de hoje eu já conheço. Nenhuma novidade, fico um pouco desapontado.

  Após tudo pronto, já está quase na hora de ir dar aula. Passo pela cozinha, para pedir meu café:

  -Berta, pode preparar meu café da tarde?

  -Sim, Dr. Reymond. É pra já.

  -Ótimo, após o banho virei comer.

  Subo, tomo meu banho, visto meu terno azul e olho no espelho. Não consigo evitar o sorriso ao fazê-lo.

  Depois de pronto, tomo meu café. Entro em meu Mercedes e vou para faculdade.

  Ótimo. Mas uma noite pra fazer o que eu gosto. E pra ensinar.

Querido Professor Where stories live. Discover now