Capítulo 33

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Christian narrando:

Eu não estava nada feliz em ter que rever Júlia, mas eu tinha um filho e ele precisava de um bom pai. O pai que eu não tive.

Então deixei todo o ressentimento de lado e fui encontrá-los.

-Christian? - Era a voz de Júlia.

-Julia. - A cumprimentei da forma mais educada possível. - Esta é minha namorada Rafaela. Rafa, esta é Júlia.

Elas trocam um aceno.

-Este é Vitor. - Olhei admirado para o garotinho parado ao seu lado. Ele se parecia muito comigo.

-Oi. - Ele disse tímido olhando para o chão. - Mamãe disse que você é meu papai, isso é vedadi?

-Sim. Eu sou seu papai. - Não consegui conter o sorriso.

-Ela me disse que você não podia me ver porque é um helói e estava salvando o mundo, como o Capitão Amélica. - Ele disse sorrindo e apontando pra sua camiseta que tinha o escudo do Capitão.

-É isso mesmo. Mas agora seu herói está aqui e não vai mais ficar longe de você. - Disse sorrindo.

Ele era adorável.

-Você vai morar comigo e com a mamãe? - Ele pergunta.

-Não posso. Mas eu tenho uma casa que vai ter um quarto cheio de brinquedos, só pra você.

-Ebaaa! - Ele diz sorrindo e pulando.

Rafa, que estava sentada ao meu lado, apenas sorria encantada com a cena.

-Acho que vocês tem muito para conversar. - Diz Rafa depois de um tempo. - Vou comprar um sorveter e brincar com ele enquanto isso. - Ela diz de forma que apenas eu ouço.

-Certo. - Concordo. Tínhamos coisas para conversar que eu preferia não falar perto de meu filho.

-O que acha de tomarmos um sorvetão, Vitor? - Rafa oferece.

-Siiiim. Mamãe, vamos?

-Vai com ela, filho. Mamãe te espera aqui com o papai.

-Tá bom. - Ele aceita e os dois se afastam.

-Como faremos? - Pergunto a ela.

-O filho é seu também Christian, faça por ele o que acha que ele merece. - Ela diz ríspida.

-Eu quero passar tempo com ele. Quero que ele tenha meu sobrenome, Júlia. Vou compensar os anos que perdi.

-Ele tem apenas o meu nome, colocamos o seu, já que isso é o mais importante pra você.

-O mais importante pra mim? Importante pra mim seria saber desde o início que eu tinha um filho, mas você teve que esperar todo esse tempo pra me procurar. - Disse completamente exaltado.

-Eu tentei te procurar logo que soube, mas você estava ocupado demais me ignorando.

-E o que esperava após me trocar pelo meu melhor amigo? Que eu fizesse uma festa pra vocês? Que eu seguisse com a amizade? Que eu atendesse seus telefonemas? Não seja ridícula, Júlia.

Ela permaneceu quieta por um tempo.  Então eu prossegui:

-Eu espero ao menos que possamos manter a educação um com o outro quando conversarmos, pelo nosso filho.

-Por mim seria o suficiente. - Ela disse baixo.

-Ótimo.

Observo ele e Rafa um pouco distantes de nós, tomando sorvete sentados no balanço. Eles sorriam.

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