Capítulo 16

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Christian narrando:

Sem dúvidas é um dos melhores beijos que já provei. Seus lábios tão macios se movendo contra os meus, enquanto sentia seu toque tímido em mim. Ela me beijava de uma forma doce. Isso me provocava sensações além das esperadas.

Quando separei nossos lábios, olhei em seus olhos e foi incrível, eles diziam mais que qualquer conjunto de palavras.

-Acho que devíamos ir para sala esperá-los. - Ela diz sem se mover.

E eu simplesmente a beijo de novo, dessa vez mais lentamente, pra apreciar seus lábios. Sinto suas mãos passeando por meus braços, em quanto as minhas se movem em suas costas. Pressiono meu corpo no dela, para que ela sinta meu desejo por ela. E encerro o beijo com selinhos.

Minha vontade era levá-la até a cama dela... mas lutei contra isso, ainda não era o momento.

Então caminhei até a sala, segurando sua mão, lá sentei em um sofá abraçado com ela e a beijei diversas vezes, até que ouvimos um barulho no portão, eles tinham retornado, então tínhamos que nos separar.

Sentamos lado a lado, sem nos tocarmos, agora parecia mais difícil do que deveria ser, tê-la ao lado e não poder tocá-la.

Eles retornaram com uma vodka, um energético e uma catuaba. Não eram minhas bebidas preferidas, mas resolvi beber como eles.

Agora éramos apenas cinco: Rafa, Jessica, Rose, Matheus e eu.

Já passava da uma da manhã, mas eu não tinha compromissos durante o dia e não tinha a menor vontade de ir embora.

O pessoal que havia bebido mais foi embora, os que ficaram estavam bem pouco alterados.

-Essa é a parte que nós bebemos até esquecer essa noite? - Pergunta Matheus.

E todos respondemos juntos, até mesmo Rafaela:

-Sim. - E brindamos rindo.

Ficamos bebendo por mais uma hora, até o fim de toda a bebida. Matheus e Rose pediram pra dormir por ali mesmo, pois não tinham condições de dirigirem pra irem embora.

Eu pensei em fazer o mesmo, mas não tinha intimidade o suficiente para fazer isso.

-Bom, pessoal, eu vou embora. - Anunciei.

-Não mesmo. - Disse Jess. - Você não pode dirigir assim.

-Eu estou bem. - Digo me embaralhando com as palavras e falhando ao tentar caminhar em minha reta.

-Pode dormir aqui, Christian. - Rafa diz.

E depois dessa conversa não me lembro de nada. Não sei se caminhei até a cama ou se me carregaram. Só sei que quando acordei demorei a entender onde estava.

Me apóio nos cotovelos e forço a vista pra olhar ao redor, então identifico, é o quarto de Rafaela. E ela dormia tranquilamente ao meu lado.

Então uma dúvida atinge minha mente: será que nós...? Não, não. Nas condições que eu estava, eu com certeza dormi apenas.

Me mexo para me levantar, então Rafa acorda.

-Olá. - Digo.

-Olá. - Responde, com uma voz rouca de sono.

-Como eu vim parar aqui?

-Bom, eu trouxe você aqui e disse que dormiria na sala, então você me abraçou e só me soltou quando eu aceitei dormir com você. - Ela conta com um sorriso.

-Me desculpe. - Digo envergonhado - O pessoal viu isso?

-Eles já tinham ido deitar no quarto de Jess.

Fico aliviado com sua resposta, não queria ser motivo de comentários.

-A única coisa que eu fiz foi te abraçar, né? - Pergunto.

-Sim. - Ela responde rindo.

-Não é educado rir das pessoas Srta. Torres. - Quando digo isso, lembro da primeira vez que ela riu de mim, isso já não me incomoda mais.

A beijo novamente. Estava beijando-a na cama, isso fazia o desejo de tê-la crescer ainda mais. Então esse beijo se torna mais quente, minhas mãos passeando por seu corpo, minha língua explorando a sua boca. Então desço meus lábios para o seu pescoço e arranco um baixo gemido dela. Nossas respirações completamente descontroladas.

Eu podia avançar, mas conseguia sentir que ela ainda não estava pronta.

Então vou diminuindo a intensidade dos beijos, até que paro de beijá-la.

-Acho melhor eu ir, antes que eles acordem. - Digo.

-Tudo bem. -Ela diz.

Ela caminha comigo até o portão, então me despeço:

-Foi uma noite muito boa. - Falo, olhando em seus olhos e segurando suas mãos com as minhas.

-Foi sim. - Ela dá um sorriso tímido em resposta.

Então a beijo mais uma vez pra me despedir e vou para o meu carro.

Chegando em casa me deito para dormir novamente, pois ainda é muito cedo. Adormeço inalando o cheiro de Rafaela que ficou na minha roupa e lembrando dos beijos carinhosos, que me passavam uma sensação de afeto que há muito não sentia.

Quando acordo já é mais de meio dia. Lembro que ainda tenho que malhar.

  Almoço e resolvo treinar em casa mesmo. Enquanto treino, penso em Rafa, no que fazer para ganhar a aposta. Nenhuma ideia que me ajude surge.

  Após o treino leio até a hora de ir dar aula. Hoje daria aula na sala de Rafaela.

Na aula vejo os alunos que estiveram na festa, alguns com aparência de ressaca, outros estavam normais. Mas durante a aula não ouço nenhum comentário sobre.

  Troco alguns olhares com Rafa, que estava linda. E o desejo de beijá-la retorna. Mas é difícil fazer isso aqui na universidade.

Quando está chegando o fim da aula, recebi uma mensagem com uma das propostas de Bianca e fiz algo que nunca havia feito. Recusei!

Não sabia o porque, mas hoje não sentia desejo de ficar com Bianca.

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