Capítulo 23

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Christian narrando:

Rafaela despertou em mim coisas que eu pensava não ser mais capaz de sentir.

Eu não queria mais me distanciar dela, não após um final de semana tão belo. Eu só queria conhecê-la mais e me tornar cada vez mais próximo.

Estavamos deitados em sua cama, ela com a cabeça em meu peito e eu com o braço ao seu redor.

-Você me disse que nunca namorou, mas nunca teve um namorado na infância ou na adolescência?

-Namorado não.

-E nunca beijou ninguém, é... antes de mim?

-Um amigo quando eu estava no ensino médio?

-Carlos?- Digo sem conseguir disfarçar o ciúme.

-Não. Era outro.

-Hum. - Digo ainda com ciúme.

-Eu nem vou perguntar o mesmo, porque prefiro não saber a resposta. - Ela diz revirando os olhos.

-Isso não importa, pois quando fizemos amor a primeira vez, foi como se meu passado e outras relações ficassem ofuscadas. Você é a única que importa. A que me tirou da escuridão, depertou meu lado romântico novamente.

Ela dá um beijo leve em meus lábios.

-Parece que antes eu via os estudos como uma forma de distração, pra evitar novos sofrimentos. Mas Não preciso de distração alguma tendo você.

Então entre histórias e declarações, dormimos.

Acordo no outro dia e quando vejo Rafaela dormindo tranquilamente com a cabeça em meu peito, não consigo evitar o sorriso.

Olho no celular e vejo que já são 07:40. Tento me levantar sem acordá-la.

Vou até a cozinha tomar uma água e encontro Jéssica.

-Bom dia, Jess.

-Bom dia, cunhadinho. - Ela diz rindo. - Cadê a Rafa?

-Está dormindo. Que horas ela entra no serviço?

-Às 08:30. Por falar nela, ela não deve ter te contado, mas o aniversário dela está chegando.

-Quando é? - Pergunto.

-Daqui uma semana. Estava pensando em uma festa surpresa, porque ela odeia festas e eu adoro contrariá-la.

-Por mim tudo bem. -Digo sorrindo.-Vou lá acordá-la.

Volto até o quarto, sento na beirada da cama e à chamo:

-Rafa, querida. - Beijo sua testa. - Bom dia. - Digo quando ela abre os olhos.

-Bom dia. É muito cedo pra ir pra praia. - Ela diz fechando os olhos novamente. Eu rio.

-Não estamos mais na praia, amor. É segunda-feira você tem que ir trabalhar.

-Trabalhar? - Ela senta na cama rapidamente, assustada. - Que horas são?

-07:45. - Informo.

Ela se tranquiliza novamente.

-Durmiu bem? - Pergunto.

-Sim e você?

-Dormi ao seu lado, então foi mais do que bem.

-Você deveria dormir aqui mais vezes.

-Também acho. - Digo sorrindo. - Mas falta você conhecer minha casa. Que tal se você fosse pra lá hoje?

Querido Professor Where stories live. Discover now