Capítulo 16

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Em revisão... 

* Desculpem a demora. Estou sem notebook e sem celular. Queira a Deus que segunda já os tenha de volta. 

* Não parei as postagens... Continuarei porque minha responsabilidade é com minhas amigas que leem sempre minhas estórias. Só tenham um pouco de paciência. 



Cairon,

- Pai, posso falar com você? - O Benjamin, deitou-se ao meu lado na cama onde eu assistia um especial de fim de ano esperando pela chegada do natal.

Há dias o garoto vinha se mostrando um tanto diferente. A todo instante ligava para o Pietro cobrando sua presença em casa. Estava mais ligado em sua aparência. Lembrei-me que um dia passei por isso.

- Na verdade você já está falando filho. Mas... Continue. O que é?

- É que hoje pai, quando fomos levar o presente da Manu, ela... Ela...

- Não gostou da tiara? – Peguei o controle e abaixei a TV. Não era todo dia que meu filho falava comigo sobre meninas, e eu me sentia um pouco em falta com ele.

- Não. Não foi isso. - Ele sentou-se na cama e cruzou as pernas. - Ela me deu um beijo no rosto.

- Então ela é sinal que ela gostou mesmo.

- É e depois ela jsufskjfsduffusdfsdf. – Era justamente isso que eu ouvia... jsufskjfsduffusdfsdf. Palavras sem nexo algum. Encostei-me a cabeceira da cama. Não dava para entender o que ele havia resmungado.

- O que disse Benjamim? Para mim falou em ou alemão.

- Ela jsufskjfsduffusdfsdf... – Devia mesmo estar com problemas para ouvir.

- Filho te juro. Depois que sua irmã fez uma observação horrível sobre minha letra hoje só me resta fazer uma observação sobre sua pronuncia. Não estou entendendo o que está dizendo. O que a garota fez? Estou ficando ansioso.

- Ela me beijou...

- Isso você já disse.

- Na boca. - Ele disse de uma vez. Virando-se para frente e abaixando a cabeça. Não me lembro de contar isso ao meu pai. E por que estava passando por aquilo? - Eu queria gargalhar. Mas se fizesse, poderia perder a confiança de meu filho para sempre. Pelo jeito era... Seu primeiro beijo.

- Filho, - Meu pai nunca conversou isso comigo caramba. O que eu diria a ele naquele momento? Sempre achamos que sabemos tudo, mas aí vêm os filhos e nos roubam as palavras. Os filhos são os piores ladrões que existem. Ladrões de alma e de paz e de palavras. Não, eu estava pensando besteira. Eles não roubavam nada. Os pais dão tudo o que têm. Mesmo que eles não peçam.

- Hum... Juro que não tive culpa pai. Ela me pegou de surpresa.

- Está tudo bem filho. E como foi?

- Não está zangado como ficou com a Valentina?

-Não. Está conversando comigo como adulto. Se a Valentina tivesse feito isso eu poderia ter ficado chateado, mas iria conversar com ela. Mas ela mentiu. Não estou bravo. Desde que você tenha... Gostado. Que tenha sido bom para a Manu também.

- Eu gostei pai. Bom... No começo foi estranho. Mas, depois foi bom.

- Então foi seu primeiro beijo?

- Não vai contar para a Valentina?

- Não. Claro que não. Será um segredo nosso. – Mesmo pensando que a qualquer momento a Liara me arrancaria esse segredo, eu prometi.

A Esposa do Juiz - RepostagemWhere stories live. Discover now