Uma lágrima solitária rolou pelo meu rosto, nem imaginava que aquilo ainda doía tanto. Eu havia o amado tanto, mas ele me trocou por outra na nossa festa de noivado; me deixou sem dar-me nenhuma explicação adequada e se mudou para outra cidade. Eu tentei esquecer fugindo do desgosto, foi assim que construi um muro ao meu redor e congelei meu coração, já havia sofrido demais na vida. Não vou sofrer de novo , não vou permitir que isso aconteça, ele não vai chegar perto de mim.
A Liz me abraçava, nem tinha percebido o quanto chorava até ouvi a voz dela.
- Me desculpe - como eu odeio essa frase tão curta, odeio por que antes dela vem erros e escolhas que me ferem - Não fica assim, ele nunca te mereceu. O que eu estou querendo dizer é que você não deve se fechar para um mar de possibilidades por causa do passado.
- Eu sei Liz, mas é que dói tanto - disse entre os soluços de meu choro sentido.
- Vamos deixar isso para lá, tá? - falou enquanto enxugava meu rosto - Eu estou com fome.
- E quando é que você não está com fome? - falei em tom de brincadeira e nós rimos - Vamos lá na cozinha perguntar para a Lucy se o jantar já está pronto.
Descemos contando piadas, fazendo imitações ridículas dos professores e dando boas gargalhadas; a Liz me contou os babados mais quentes da universidade e por uns instantes eu esqueci de todas as minhas dificuldades e problemas. A Lucy disse que o jantar seria servido em trinta minutos, então fomos para a sala jogar Xbox e sim ,eu amo vídeo games a Liz também curte muito; Também gosto de patins, Tênis, esgrima, skate e vôlei, além de futsal e Handebol. Os trinta minutos passaram voando e o jantar foi servido; a família estava toda na mesa, então cumprimentaram alegremente a Liz. Contudo meu pai parecia tenso.
- Pai? - chamei -está com algum problema?
- Não filha, eu estou bem. - dava para ver claramente que ele estava mentindo.
- Não mesmo, pode ir falando o que é. - falei com voz afável o que o fez suspirar fundo e relaxar os ombros que estavam tensos, falar assim com ele sempre funcionou para mim.
- Eu não quero que vocês fiquem longe da família Shaldon - senti um aperto no peito e logo olhei para Liz, sua voz soou firme e preocupada.
- Por quê isso querido? o que eles fizeram de novo? - agora foi a vez de minha mãe falar.
- Você acredita que depois de tudo que fizeram eles vieram até mim fazendo uma proposta absurda? - ele disse visivelmente irritado e até ofendido.
- E o que foi? que proposta foi essa? - minha mãe disse fria.
- Eles querem unir nossas empresas e nos fortalecer comercialmente por meio de um acordo matrimonial - disse exasperado.
- E você aceitou? - minha mãe estava alarmada e assustada com a ideia.
- Mas é claro que não, como poderia fazer uma coisa dessas? - disse ainda muito tenso.
- Mas não deixa de ser verdade que rendimento de nossa empresa caiu perigosamente nos últimos meses, eles foram bem espertos em propor algo assim em um momento como esse. - disse Violet, perceptiva como sempre. O silêncio que se seguiu ficou desconfortável demais, então decidi quebra-lo.
- E como exatamente eles queriam fazer isso? - perguntei.
- Ele queria que a minha primogênita se casasse com o filho mais velho deles, ou seja, você se casaria com o mais velho do sr. Shaldon. Ele tem dois filhos e uma filha caçula, a diferença de idade do primeiro para o segundo é de um ano. - disse.
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O Diário de Marriê
RomanceMarriê é uma garota que teve Sua vida tomada pela dor e muitas dificuldades. Sua infância se passa em uma cidade italiana, em um bairro pobre, porém ela logo se muda para Londres. Marriê cresceu com outras duas irmãs, que por muito tempo foram suas...