Proteja Sua Irmã, Custe O Que Custar

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O amor é algo incondicional, incontroláve.l E estava mais do que provado que ele também era irracional. Não que isso seja errado, mas temos que admitir que muito das vezes, o amor pode ser até perigoso, se não tomarmos cuidados com quem escolhemos ter em nossas vidas.

Você pode até dizer que o coração não escolhe de quem gostar, mas nós escolhemos quem chamar de "amor".

Já haviam se passado uma semana desda caótica visita de Mille na casa de Ana. E seu estranho desaparecimento desde então. Ninguém na faculdade à via ou sabia onde ela estava. E todos comentavam sobre "a troca" de Mille por Liz.

Não era de se esperar outra coisa além disso, porém Liz e Ana não ligavam nenhum pouco para o que as pessoas diziam sobre elas.
As duas só tinham olhos e ouvidos para si mesmas e essa era a única coisa que lhe importavam.

Naquela tarde de sexta feira, Kai procurou Liz por todos os cantos, na saída da faculdade. Passou por todas as salas, por todo o pátio. Mas foi no refeitório que ele à viu aos beijos com Ana :

- Achei você! - Ele disse, ao se aproximar.

- Oi, Kai! - Cumprimentou Ana.

- E aí Ana, como vai?!

- Estou bem e você?

- Ótimo! - Exclamou ele - Posso roubar Liz, um pouco?

- Claro - Respondeu ela, sorrindo - Te vejo mais tarde, gracinha! - Exclamou ela, olhando para Liz.

- Tudo bem!! Eu te ligo assim que chegar em casa.. - Respondeu Liz, dando um beijo em seu rosto. - Vamos Kai!

- Vamos... Até logo, Ana.

- Até Kai...

Os dois saíram do refeitório e seguiram até o ônibus escolar. Lá,sentados um do lado do outro, Kai estava de cara amarrada. Tanto que Liz se sentiu incomodada com aquilo, e quis logo saber do que se tratava:

- Vai me dizer o porque você está com essa cara?

- Você está me trocando por ela...

- QUE?

- É sim, Liz. Faz tempo que você não sai comigo.

- Faz tempo! - riu Liz - Só faz uma semana que eu estou com a Ana.

- Desde aí, então. - Resmungou ele.

- Kai! Você está com ciúmes?!

- O que você acha?

- Para com isso, por favor. Você sabe o quanto eu gosto dela.. E o quant..

- Tudo bem, Liz. Já estou acostumado com isso. - Disse Kai, se virando para a janela.

- Kai...

- Sério! Está tudo bem, mesmo.

O restante do caminho até a mansão Bucker, foi silenciosa. Kai não se dirijou a palavra com Liz e a mesma preferiu não forçar nada.

Ao chegar na esquina, Olivia esperava Liz no ponto de ônibus. O que era uma coisa rara, por sinal. Algumas garotas que estavam no ônibus comentavam coisas do tipo " Ela é muito linda" " É ela" "Nossa como é gostosa" "Nem parece que já tem duas filhas" "Ouvi dizer que ela tem duas esposas" e isso aborrecia Liz, de uma tal forma, que ela nem sabia explicar.

- Xau... - Disse ela, olhando para Kai.

- Xau! - Respondeu ele, sem desviar o olhar da janela.

- Você não quer vir aqui mais tarde?! Podemos assistir um filme. Eu vou estar sozinha.

- Sozinha? - Perguntou ele, interessado.

- Sim!!

- Talvez eu apareça..

- Ok.. Tenho que ir, até mais. - Disse Liz, um pouco antes de sair do ônibus. Olivia à observava de cara amarrada, não gostando que sua filha tivesse amizade com "aquele garoto estranho" vulgo Kai.

Ao se aproximar de sua mãe, Liz à olhava desconfiada, já que aquele ato era no mínimo muito estranho. Pois sua mãe nunca foi de espera-la chegar da escola, muito menos da faculdade :

- Eu tenho uma coisa para você! Aliás, nós temos. - Disse Olivia, enquanto caminhava com Liz até a sua mansão.

- Do que você está falando, Olivia?

- Olivia? Desde quando você não me chama mais por "mãe"?

- Desde quando você parou de agir como uma. - Respondeu Liz, rispida.

- Tá depois falamos sobre isso. - Disse Olivia, um pouco chateada. Ao entrarem pelo portão dos fundos, Rebeca esperava pelas duas ao lado de uma caminhonete preta.

- O que é isso? - Perguntou Liz.

- É seu, filha! - Exclamou Rebeca, sorrindo.

- Liz.. Isso é para você, caso precise para uma emergência ou para ir à faculdade. - Dizia Olivia, de cabeça baixa. Rebeca abriu a porta da caminhonete e de lá, retirou uma bolsa cinza e deu na mão de Olivia - E isso aqui é para o caso de acontecer alguma coisa com você e sua irmã.

Olivia deu a bolsa para sua filha e a mesma abriu para ver do que se tratava. Dentro havia uma bolo de dinheiro. Uma quantia altamente absurda :

- Pra que isso? O que está acontecendo?

- Filha temos que resolver algumas coisas, mais tarde você vai saber do que se trata.- Respondeu Olivia, com cara de triste - Só me prometa duas coisas.

- O que?

- Uma.. Jamais conte isso à Alice, sobre nada do que você ouviu aqui.

- Estranho.. Mas eu prometo! - Concordou Liz - E o que mais?

- Proteja sua irmã! Custe o que custar.

- Você sabe que ela não gosta de mim, né?!

- Você é mais velha! Tem que segurar as pontas, Liz. Promete?

- Tudo bem!

- Obrigada! - Agradeceu Olivia, se virando e indo para dentro.

- Hey.. Mãe!

- Oi?! - Disse Olivia, olhando para trás.

- Semana passada eu... Eu estava dando uma volta e acabei entrando numa rua escura.. Um cara estranho me seguiu e ele...bem ele parecia muito suspeito.

- Uma rua estranha? - Perguntou Olivia, preocupada. - Você viu mais alguma coisa?

- Ele entrou em uma casa e eu ouvi barulhos de tiro, depois disso eu saí correndo.

- Você sabe onde fica essa rua?

- Sim é ao lado de Miami Beach, a primeira rua que sobe, rumo à avenida principal. É a terceira casa, a esquerda.

Olivia olhou para Rebeca e as duas ficaram nitidamente incomodadas com aquilo :

- Não vá mais para aqueles lado, ta ouvindo? - perguntou Rebeca, encarando Liz.

- Achei que vocês deviam saber..

- Entre.. E esconda esse dinheiro em um lugar seguro, depois nos falamos.- Disse Olivia, agora.

- Tudo bem! - Liz concordou e entrou para dentro botando a bolsa de dinheiro em suas costas. Olivia e Rebeca foram correndo até um dos carros de sua garagem. Imediatamente partiram rumo à Orlando, a procura de Megan Acaster. A busca tinha começado.

- Me sinto mal escondendo tudo isso de Alice... - Dizia Rebeca.

- Eu sei.. Mas vai por mim, é melhor assim.

Only Wolf 4 - AlcatéiaOnde histórias criam vida. Descubra agora