Não Me Faça Perguntas

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- Atenção, TODOS EM ALERTA.

- Senhor, devemos avisar o batalhão?

- Não o FBI ainda não pediu reforços, policial Evan.- EM SUAS POSIÇÕES!

- Mas senhor... Essa quadrilha é muito perigosa, podem não sair vivos lá de dentro.

- Você me ouviu, policial Evan... Em suas posições.

- Sim senhor.

- Eu tenho os melhores agentes ao meu serviço policial Kendan - disse um agente, só se aproximar dos policiais - Mas se precisarmos.. Quero que entrem atirando . Tem a minha permissão para matar.

- Positivo, capitão Shaw! - Respondeu o policial Kendan.

....

A noite estava maravilhosa, como quase todas as vezes em Miami Beach. Ana esperava ansiosa, dentro de seu carro ,no lado de fora da mansão Bucker. Ela esperava por seu amor, pela garota a qual ele iria apresentar para seu pai, depois de meses especulando se isso era o certo a se fazer ou não.

Ana podia sentir o peso da ansiedade em seu corpo e do nervosismo passando por suas veias. Suas mãos estavam frias, seu coração estava acelerado. Uma angústia estranha pairava sobre sua cabeça, por mais que tudo estivesse certo, algo ainda estava errado.

Liz se deparou com sua mãe ( Rebeca) e seu tio Bryan, ao descer a enorme escada em caracol,sentados no sofá e mesmo que já não devesse algumas satisfações, a loura anunciou que sairia com uma amiga :

- Querida.. Você acha uma boa ideia sair hoje? - Perguntou Rebeca, preocupada.

- E por que não seria uma boa ideia?

- Só estou preocupada com você!

- Eu vou ficar bem, mãe. Qualquer coisa eu ligo para vocês.

- Precisa de dinheiro, Liz? - perguntou Bryan.

- Não, tio Bryan. Eu estou bem.

- Ok... Divirta-se.- Desejou ele. Liz ao sair pela porta, acabou despertando a curiosidade de Rebeca, que se levantou do sofá e sorrateiramente, espiou pela janela e acabou flagrando Liz beijando uma garota, dentro do carro: - Eu sabia - disse ela, baixo.

Ana saiu com o carro rumo à sua casa, enquanto Liz a olhava apaixonadamente :

- Você está bem?

- Só um pouco nervosa, Liz.

- Nervosa com o que?

- Meu pai... Desde que mudamos para cá, ele anda um pouco.. Paranóico.

- Será que é uma boa ideia nós irmos jantar com ele? Quer dizer, não me importo de ainda não me apresentar para o seu pai. Eu ainda nem contei para as minhas mães que eu gosto de garotas.

- E por que isso? Elas deveriam ser as pessoas mais "mente aberta" que existem, não é? - Perguntou Ana, ao parar no sinal vermelho.

- Na teoria, sim. Mas na prática, eu não sei. Tenho medo de que possam interferir em algo. Uma das minhas mães é hiper protetora.

- Qual delas? - Perguntou Ana, engatando a primeira marcha. O sinal verde abriu e ela seguiu com o carro, pela avenida principal.

- Olivia Bucker.

- Em falar nela, qual é esse lance de " A eleita"? Ouvi algumas pessoas na faculdade comentando.

- Uns dez anos atrás ela ajudou a prender um cara muito perigoso, um tal de Rayn, algo assim. Dai o prefeito, junto com o FBI condecorou ela como " A eleita". A eleita mulher mais importante da Flórida. É como se fosse um cargo mega prestigiado.

- Nossa... Agora eu entendi a pressão que você deve aguentar. - Disse Ana.

- Não foi e contínua não sendo fácil.

Ao entrarem na rua ,viram um movimento intenso de carros de polícia na frente da casa de Ana:

- O que está acontecendo? - Perguntou Liz, assustada.

- Eu não sei... Mas eu já esperava por isso..

- Como assim?

- Depois eu explico. Eu tenho que dar a volta .

Ana deu ré e retornou pela rua de trás, estacionando em baixo de uma árvore. Pegou seu celular e ligou para Peter, na esperança que seu pai atende-se . Porém, de imediato, caiu na caixa postal.

Logo em seguida, Ana recebeu uma mensagem contendo um número, onde ela discou e esperou que alguém atendesse :

- Filha.. Não diga nada. Eu estou bem, estou escondido. É o seu tio, filha. É tudo culpa dele. Eu sabia que esse dia iria chegar.

- P..

- Eu disse para não dizer nada. Você vai fazer o seguinte: Saia do carro agora e entre a sua direita, siga pelas árvores até encontrar um outro carro. Um preto, com a placa aduterada. Você vai pra um hotel, qualquer lugar. Vá e espere notícias minhas.

Peter desligou o telefone e Ana começou a chorar, enquanto olhava para o seu celular. Liz, sem entender o que estava acontecendo, tentava acalmar ao máximo sua namorada :

- Temos que sair daqui! - Disse Ana, nervosa.

- O que?

- Vamos! - Exclamou Ana, saindo do carro e abrindo a porta de Liz. - Vem, de pressa.

Do alto de um prédio próximo, um rifle apontava para onde Ana e Liz corriam. Eram alvos em movimentos, porém o atirador era um dos melhores em seu ramo. E ele apenas esperava a ordem para por em prática o que sabia :

- Fogo! - Disse uma voz, vinda de um rádio que estava pendurado na cintura do atirador.

O gatilho foi apertado e a bala do rifle percorreu 19 metros de altura em dois segundos e meio, acertando Liz em cheio.

- NÃÃÃÃÃO - gritou Ana, desesperada. O amor de sua vida estava ao chão, sangrando.

- Ótimo trabalho, agente - disse a voz, novamente vinda do rádio pendurado.

Only Wolf 4 - AlcatéiaOnde histórias criam vida. Descubra agora