1. prólogo

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UM

S.S.


Estava saindo do banheiro do andar debaixo, quando ouço meu pai falando com alguém em seu rádio. Não era incomum eu escutar essas coisas escondidas e mesmo que eu não conseguisse ouvir muito bem, sempre tentava. Beacon Hills era uma cidade interessante, então, sempre compensava tentar ouvir de maneira sorrateira. Me aproximei perto de onde o mesmo estava, n entrada da cozinha. Dou a volta pela sala de estar, observando meu pai de costas, pensando rápido sobre as coisas, me sento na poltrona na sala, pegando meu celular para disfarçar meu interesse.

Meu pai, Noah Stilinski é o xerife da cidade. Uma de suas funções era responder todas as chamadas, independente do horário, independente do que fosse ou quando fosse, podim ser chamadas de emergência que eram as mais interessantes, ou coisas entediantes e fáceis de resolver, essas eram as que eu prestava menos atenção. Eu sabia que já estava grande o suficiente para ficar fazendo esse tipo de coisa, tipo, ficar me escondendo nas sombras e tentando ser discreta para escutar uma ligação, era algo bem infantil se me permite, mas acho que velhos hábitos nunca mudam, e esse não era um que eu planejava mudar.

"A denúncia chegou na delegacia fazem 30 minutos, xerife, uma mulher foi morta na reserva de Beacon Hills, o corpo está desaparecido. As instruções da Central são montar uma frota e vasculhar as reservas. Noah... O corpo não tá inteiro, foi dividido em duas partes".

Permaneço em silêncio, sem erguer o olhar, de canto de olho vejo meu pai suspirar. Ele pega suas coisas rapidamente e saí de casa as pressas, desejando uma boa noite para mim, provavelmente rezando para que eu não fizesse nada que ele se arrependesse depois, permaneço imóvel por alguns minutos, ouvindo o motor da viatura ligar e desaparecer conforme o carro se afastava da casa.

Um corpo estava desaparecido. Uma mulher foi morta nas reservas, e seu corpo estava dividido em duas partes. 

Aperto o celular em minha mão, dando um pulo subito do sofá. Após praticamente quatro ou cinco ligações, das quais Scott — meu melhor amigo — não atendeu, chato. Pego as chaves do meu jipe, agarrando meu casaco, saindo e trancando a casa. No caminho para a casa dos McCall, tento ligar para o Scott novamente, e apesar da insistência, ele não deu nenhum sinal de vida. Scott queria mudar de vida durante esse semestre letivo, achou que seria inovador sairmos da arquibancada (ou banco que o treinador insistia em nos deixar) e finalmente jogaria Lacrosse, o que era uma completa besteira, considerando que Jackson Whittemore ainda era o capitão do time. 

Aumento a velocidade quando me aproximo de sua casa. Como eu temia, todas as luzes estavam apagadas, dando destaque apenas para a luz acesa de seu quarto, provavelmente sua mãe estaria fazendo seu turno noturno de enfermeira, o que era perfeito para mim, pois podíamos sair escondidos sem problemas maiores. Esstaciono o jipe em frente de sua casa, e me aproximo da árvore mais próxima da janela de seu quarto. Conhecendo Scott, sabia que o mesmo não me escutaria bater, ou não se daria o trabalho de abrir a porta naquele horário, chamar sua atenção era a melhor opção. Subo a mesma de forma rápida, o que era impressionante, quem diria que as aulas de escalada faziam algum efeito, pulo para o telhado da casa, andando cuidadosamente até as proximidades de seu quarto, quando estou mais próxima de sua janela, o mesmo sai apressado do quarto, correndo para o andar debaixo.

Reviro os olhos voltando para trás. Sigo para a entrada da casa, o vendo sair, com dificuldade, prendo meus pés nos galhos das árvores mais perto da varanda, jogando meu corpo para frente, dou de cara com Scott com um bastão de basebol em mãos, o que resultou em ambos gritando, e ele quase me acertando com o bastão, qual é? Ele tá maluco?

wolf moon ✵ sterekOù les histoires vivent. Découvrez maintenant