17. não seja um lobo azedo

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DEZESSETE
S.S.

Saímos pro estacionamento da escola, onde meu segundo plano ia ser executado. Vemos quatro caras do terceiro ano saindo de um carro preto, meu plano consistia em irritar esses caras, até eles baterem no Scott, e daí, ele teria que pensar na Allison e não se transformar. Era um plano ruim, e como ele disse, envolvia ele entrando em problemas e apanhando, mas, valia a pena tentar.

— O que estamos fazendo? — Scott me pergunta, seguindo os quatro caras com o olhar.

— Você vai ver, calma. — Fico de frente pra Scott. — Okay. Fica aí. Tá com suas chaves? — Ele tira as chaves do bolso, seguro essa mão dele, encaixando seus dedos em apenas uma chave, colocando sua mão pra cima. — Perfeito. Segura elas assim. — Olho para os caras, vendo que eles estavam de costas para o carro. — Agora, haja o que houver, pensa na Allison, okay? Tenta achar a voz dela como você fez no jogo. Entendeu? — Ele parecia confuso, e no final só balançou a cabeça. — Certo, só, continua segurando assim. — Saio de perto do Scott, me aproximando do carro, com minha chave em mãos, seguro apenas uma empurrando firme na lateral do carro e andando até o final, isso deixou um arranhão enorme no carro preto. Fico parada na calçada, do outro lado de onde Scott estava, ele me olhava desesperado enquanto eu guardava minhas chaves e virava para ele. — Ei, ei, ei, cara! — Digo alto, chamando atenção dos outros caras. — O que acha que tá fazendo na caminhonete?

— MAS QUE MERDA?!

Um dos caras, provavelmente o dono da caminhonete, grita, andando em direção de Scott, sendo seguidos pelos outros três

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Um dos caras, provavelmente o dono da caminhonete, grita, andando em direção de Scott, sendo seguidos pelos outros três. Olho para Scott, que tinha a boca aberta em choque, guardando a chave rapidamente, e negando com a cabeça, não que fosse adiantar, já que o mesmo leva um soco no rosto, me fazendo abrir a boca em choque.

O primeiro soco fez com que Scott reagisse. Ele empurra o primeiro cara, mas não é suficiente, já que o mesmo o joga no chão. Eles puxam Scott, virando ele, e começando a bater mais, fazendo Scott proteger a cabeça com os braços, fica calmo, calmo... Era tudo que se passava na minha cabeça vendo a cena, eu não gostava de vê-lo apanhar, lembro que bati no Jackson quando éramos crianças porque ele tentou bater no Scott, meu pai foi chamado na escola e tudo.

Os socos continuavam e seus batimentos cardíacos continuavam a aumentar. 127, 128, 129, qual é Scott, reage. Depois de um tempo apanhando, seus batimentos começaram a diminuir, significando que funcionou, dou um sorriso porque ele tinha conseguido, e é quando professor Harris se aproxima do grupo, impedindo que eles continuassem batendo em Scott.

— O que vocês idiotas acham que estão fazendo? — Ele pergunta, olhando Scott no chão, viro o celular em direção a Scott, que olhava pra mim, o visor marcava 68, dou um sorriso pra ele que se levantava.

Claro, isso fez com que a gente fosse parar direto na sala de química, de detenção. O que deu um tempo para os dois pensarem, acho que ele acreditava que eu ainda tava com raiva dele, e eu nem sabia mais se podia ficar com raiva dele, estivemos juntos desde que nos conhecemos, é impossível ficar com raiva um do outro por tanto tempo.

wolf moon ✵ sterekWhere stories live. Discover now