15 | georgia roe

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         Havia se passado algumas semanas depois daquele momento constrangedor na casa de Costigan, ele também havia parado de vir aqui na cafeteria. Uma parte minha se sentia aliviada.

Como eu ia olha-lo depois daquele surto momentâneo?

Mas outra parte minha se sentia idiota por ter gostado, e criado um pouquinho de expectativa quando ele disse que não desistiria. Acho que na verdade ando vendo filmes demais... Vou me lembrar de riscar romance da lista.

Eu gostava de estar com Costigan, gostava de conversar, de rir de suas piadas que tinham muita graça e até mesmo sentar para olhar as estrelas. Ele era um bom amigo, apesar de querer ser algo a mais, e no momento eu não me sentia bem para suprir suas expectativas, mesmo acreditando quando ele disse que não desistiria.

Quem nunca foi burra que atire a primeira pedra, não é?

Mas atire nele, por favor. Não em mim.

Nesses três meses eu me aproximei de todas as pessoas daqui, — pessoas incríveis, devo ressaltar. Até Calleb estava feliz com seu novo amigo, Pietro o nome do garoto. Tinha um cabelo black e uma esperteza sem tamanho, era um amor.

Estávamos nos adaptando bem, estávamos felizes e isso parecia ser o caminho certo.

Estava adorando trabalhar na cafeteria e ir pra casa cheirando a cafeina. Era otimo, e me lembrava que mesmo quando aconteciam imprevistos ou clientes atrevidos, eu tinha um emprego honesto. Estava almoçando aqui mesmo, na cafeteria, quando meu celular tocou.

Pois é, comprei um celular porque sinal de fumaça não existe mais.

E todos meus amigos fizeram questão de reclamar sobre isso.

Era o número era da escola do meu irmão, mastiguei a comida rapidamente e atendi afoita.

— Georgia Roe? Irmã do Calleb Roe?

— Sim, sou eu. Algum problema com meu irmão?

— Você poderia comparecer aqui na escola? Precisamos conversar com você sobre um ocorrido.

— O que aconteceu com o meu irmão? — Perguntei massageando o pescoço sentindo todo o nervosismo.

— Nada. Foi apenas um desenho que ele fez... Bom, se puder vir hoje nós agradecemos.

E desligou. As pessoas da escola de Calleb não eram muito gentis e sorridentes. Era um local bem sério, parecia que preparava as crianças para a guerra.

Mordi o lábio pensando na possibilidade de pedir á Meg para sair bem rapidinho, rapidinho mesmo, mas me contive quando vi que ela conversava com um homem negro e alto. Era o cara do seu encontro, ela estava cheia de sorrisos e eu não queria atrapalhar isso.

— Aconteceu alguma coisa ou você está gostando de vigiar a vida alheia? — A voz de Rob soou me fazendo colocar a mão no peito assustada.

— Quer me matar? — Sussurrei em sua direção irritada pela aparição repentina.

— Não — Colocou as mãos na cintura — Quero saber o que você está fazendo aqui.

— A escola de Calleb me ligou, querem me ver ainda hoje. — Dei um sorriso doce — Quebra essa pra mim, por favor... — Supliquei com as mãos fechadas.

Carinha de cachorro sem dono sempre funcionava para todos os efeitos. Digo isso porque Calleb sempre vencia as discussões quando fazia essa carinha, e eu esperava que surtisse algum efeito no coração amargo de Rob.

THE REFUGE ✔Where stories live. Discover now