VI

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  E chegou o dia seguinte. Meus pais tinham saído de casa cedo, e,  por isso, minha avó chegou cedo, ou seja, teria que suportar ela por mais tempo. Já era o começo da noite mais ou menos. Iria para a festa eu, Gih, Renato e Lucas. Bruna não queria ir pois disse que seu cachorro comeu a roupa que ela iria para a festa. A princípio não acreditei, mas ela mandou uma foto, e realmente, a roupa estava toda detonada.

  Eu passei um tempinho me arrumando, mas não fui com nada muito elaborado. Apenas uma maquiagem básica, um short jeans rasgado, uma blusa e um tênis prateado. Não era uma festa chique, então eu nem precisava me arrumar tanto assim.

  — Você tá linda viu? – Falou Ângelo analisando minha roupa — Aposto que... – Eu não tinha entendido o que ele tinha falado pois eu estava usando o secador de cabelo.

  — O que? – Perguntei confusa.

  O cupido ficou vermelho.

  — Ah, era bobagem. Deixa pra lá.

  Desconfiei um pouco, mas decidi deixar pra lá mesmo. Provavelmente foi alguma coisa extremamente irrelevante para o desenrolar da minha vida. Ou será que não? Ah, deixei pra lá mesmo assim.

  Assim que terminei de me arrumar, Gih ligou para mim.

  — Alô? – Falei ao atender.

  — EU JÁ TE MANDEI 134 MENSAGENS E VOCÊ NÃO RESPONDEU NENHUMA! – Ela gritou — Mas é só pra avisar que eu tô te esperando na porta da sua casa.

  — Tá bom então, tô indo.

  Encerrei a ligação e saí do meu quarto. Minha avó já estava lá, sentada em uma poltrona, mexendo no celular.

  — Ô Daniela! – Minha vó gritou — Como que abre o Facebook?

  — Vó, eu tô atrasada!

  "Cadê aquele cupido que disse que ia me ajudar?" Pensei.

  — Huuuum, tá arrumada que só, vai enfiar a língua na garganta de quem hoje? – Minha avó perguntou ao ver que eu estava toda arrumada.

  Fiquei vermelha. Então, vi Ângelo no fundo da sala. Eu fiquei um pouco mais aliviada. Então, de repente, minha avó dormiu.

  — O que você fez? – Perguntei.

  — Fiz ela dormir assim como fiz com sua professora ontem. – Respondeu.

  — Tá né... Não vou fazer perguntas. Vou indo, tchau. – Falei.

  Saí de casa e entrei no carro da mãe de Gih. Ela iria me dar carona até a festa. Mas achei estranho quando vi que os meninos não estavam.

  — Oi Gih, oi tia! – Cumprimentei as duas – Cadê o Renato e o Lucas?

  — Ah, eles foram mais cedo pra festa – Explicou Gih — Aí a gente se encontra com eles lá.

Continuamos conversando até chegar na casa da festa. O som estava alto, e já estava com muita gente.

  — Bom, divirtam-se meninas! – Falou a mãe de Gih.

  — Tchau tia, obrigada pela carona! – Agradeci.

  Entramos da casa, e literalmente estava lotada. Cheia de gente dançando. Latas de cerveja pelo chão. Gente suada. Que maravilha hein?

  — Como o Hugo conseguiu comprar cerveja se ele é menor de idade? – Perguntou Gih confusa, praticamente gritando, pois o som tava muito alto.

  — Provavelmente mandou alguém mais velho comprar, sei lá né – Respondi gritando — Onde estão os meninos?

  — Não sei, vamos procurar!

Meu cupido é um desastreWhere stories live. Discover now