XXI - Epílogo

2.1K 308 91
                                    

  Se passaram anos. Estávamos em uma festa de casamento. Casamento de ninguém mais, ninguém menos, da Gih com o Renato. Sempre achei que ela fosse a última a se casar das nossas amigas, mas ela acabou sendo a primeira. Como o mundo nos surpreende.

  Estávamos em uma sessão de fotos. Como eu fui uma das madrinhas de casamento de Gih e Ângelo um dos padrinhos, os fotógrafos não largavam o pé da gente.

  Aquilo parecia um casamento de princesa. Era tudo tão chique e organizado. Fruto do dinheiro que a família do casal tinha.

  Quando de repente, disseram que Gih iria jogar o buquê. Em todo casamento, por algum motivo, tem isso.

  — Vá lá. – Ângelo riu.

  — Eu não.

  — Não quer se casar? – Ele perguntou.

  — Não é isso – Eu ri — É que eu não quero que o povo me esmague só por causa de um buquê.

  — Que besteira, vá lá mulher! – Ele me empurrou até àquela multidão.

  Eu não tinha mais escolha, então só entrei na brincadeira.

  — É um, é dois, é três e... – Assim que Gih disse três, ela jogou o buquê.

  Mas, ao invés das pessoas simplesmente se jogarem desesperadas pra tentar pegar aquele cone cheio de flores, elas simplesmente se afastaram. Eu não entendi o porquê. Bruna e Gih ficavam olhando a cena ansiosas.

  Quando, magicamente, o buquê caiu em minhas mãos. O povo todo gritou e aplaudiu. Ângelo veio na minha direção.

  — Vai ser a próxima a se casar né? – Ele riu.

  Eu ri junto.

  — Espero que não demore muito hein senhor Ângelo.

  — E não vai mesmo – Ele tirou uma caixinha do bolso e se ajoelhou — Quer casar comigo?

  Todos os convidados foram à loucura. Não paravam de gritar.

  Gih e Bruna aplaudiram.

  — FINALMENTE NÉ MIGA! – Bruna berrou.

  — Aceito sim, meu cupido. – Falei.

  E o povo tudinho gritou de novo. Logo depois, recebi um beijo. Era isso mesmo. Eu fiquei noiva no dia do casamento da minha amiga.

  — Isso foi combinado? – Perguntei pra Ângelo, Gih, Renato e Bruna, que se aproximaram.

  — A gente planeja isso desde que eles marcaram o casamento. – Ângelo falou.

  Dei uma risada.

  — Então, vamos tomar um champanhe pra comemorar! – Falou Renato.

  E todos nós o acompanhamos, em um dos melhores dias da minha vida.

  E aqui estou eu, depois de 20 anos de casada, contando a história de como formei uma linda família com o meu desastre de cupido. Ou melhor, ex-cupido. Às vezes, nem mesmo eu acredito que isso tudo realmente aconteceu. Parece até um livro.

  E aqui eu termino os meus relatos de uma história de amor totalmente inusitada. Mas isso tudo é só o começo. Ângelo poderia até contar a história dele assim como contei a minha. Mas isso é outra história.

  Mas enfim, espero que possamos viver felizes para sempre, assim como dizem os contos de fadas.

Meu cupido é um desastreOpowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz