Emma é uma das milhares de pessoas que se mudaram para Nova York, atrás de uma vida melhor, ou apenas para esquecer o passado, que às vezes machuca como uma faca que foi cravada no coração.
Inteligente, forte, corajosa e uma beleza de invejar qualqu...
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O estupro e o assédio sexual é um tabu na nossa sociedade, isso nós mulheres sabemos inteiramente. Mas não podemos deixar isso acontecer, precisamos lutar contra esse sistema opressor que diz que a mulher é a culpada, que diz que ela estava pedindo porque usava um shorts curto, vestido colado ou andava a noite sozinha. Quantas mulheres são estupradas diariamente e não há ninguém para protegê-las dessa merda de sociedade que implantou na cabeça dela até que a mesma se sinta culpada, por ser apenas uma mulher livre que quer liberdade e direito iguais.
Sentei na cama, com as mãos no meu rosto. Solto um leve suspiro, antes de erguer minha cabeça, olho em volta notando que estou no quarto de hóspede da casa do Christopher, segundo depois o mesmo aparece se encostando na porta.
- Bom dia!
Sorriu me olhando atentamente.
- Bom dia!
Forço um sorriso, levantando da cama.
- Você está bem?- Perguntou cruzando os braços, acenei positivamente.
- Preciso ir embora. Obrigada por ter me ajudado ontem à noite.
- Não quer tomar café primeiro?-Perguntou entrando no quarto.- Não precisa agradecer por ontem à noite.
- Não estou com fome, mas mesmo assim obrigada pelo convite.
- Vou deixar você sozinha para tomar um banho se quiser. Te levo pra casa, não se preocupe.
Sorri de lado antes de deixar o quarto, fechando a porta atrás de si.
Por alguns segundos tenho vontade de gritar, chorar, mas ergo minha cabeça novamente engolindo tudo.
Entrei no banheiro. Meu estado está deplorável, opto por apenas passar uma água no meu rosto, e arrumar meus cabelos que estão uma completa bagunça.
Volto novamente para o quarto, pego minha bolsa e meus saltos e saio a procura do Chris que já está me esperando pra me levar pra casa.
- Não quer mesmo tomar café da manhã?
- Perguntou abrindo a porta da garagem.
- Não precisa, Chris.
Balanço a cabeça em negativo entrando no seu carro.
- Sophie deve estar preocupada comigo.- Contínuo, Chris apenas assenti com a cabeça antes de dar partida no carro.
Quarenta minutos depois já estávamos na frente do meu apartamento. Calço meus sapatos rapidamente, e viro meu rosto para encarar o homem ao meu lado.
- Obrigada novamente, Chris.
- Não precisa agradecer, sabe que pode contar comigo sempre.- Pisca me puxando pra um abraço, dou um beijo na bochecha dele, e desço do carro, seguindo para dentro sem olhar pra trás.
