Emma é uma das milhares de pessoas que se mudaram para Nova York, atrás de uma vida melhor, ou apenas para esquecer o passado, que às vezes machuca como uma faca que foi cravada no coração.
Inteligente, forte, corajosa e uma beleza de invejar qualqu...
Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.
— Emma, você está bem?
John me parou assim que saio do banheiro, já pronta para viajamos para Angra.
— Estou bem.
Abro um meio sorriso caminhando em direção a minha mala, jogo minhas peças de roupas ali dentro e fecho. Levo em direção a sala, deixando junto com as outras, daqui uns minutos um empregado do hotel, irá levá-las para o carro, que John alugou.
— Você está estranha, desde ontem.— A voz do John soa atrás de mim.— Você viu o Edward pelo salão por isso está assim? Ele te fez algo? Se ele tiver feito, precisa falar, Emma.
Encaro sua expressão preocupada, e me sinto culpada. Na verdade, só estou com medo de tudo que vai acontecer com a confissão que fiz ontem para mim mesma, dentro daquele banheiro.
O quanto esses sentimentos podem me machucar ao ter certeza que ele não sente o mesmo por mim?
— Não é nada disso.— Sorri me aproximando dele. Passo meus braços ao redor da sua cintura, e deixei um selinho em seus lábios.— Não vi o Edward em lugar nenhum, e acho que ele não teria coragem de se aproximar de mim, correndo o risco de quebrar a lei estabelecida pelo juiz.
John segurou meu rosto com as suas duas mãos. Seus olhos azuis percorrem toda extensão dele, parando na minha boca.
— Então, eu te fiz algo.
Não foi uma pergunta, soou mais como uma afirmação.
— Para com isso! Só acordei mal humorada.
Beijo sua bochecha me afastando assim que ele assenti com a cabeça.
— São quantas horas de viagem?— Perguntei rolando o feed do instagram.
— Duas horas.
John respondeu antes de ir atender a campainha, que estava tocando.
Depois de levar todas as nossas malas, conferimos se não tínhamos esquecido nada, e saímos do quarto. Passamos na recepção apenas para deixar o cartãozinho, e em poucos minutos já estávamos na estrada.
O dia parecia ainda mais quente que o normal, ou melhor, do que eu estou acostumada. Fechei todas as janelas do carro, e liguei o ar condicionado, meu corpo se aliviou instantâneamente.
John me avisou que conhece dois amigos que moram em Angra, há quase dois anos. Parece que o amigo dele, Robert, morava em Nova York e acabou conhecendo uma brasileira quando veio passar as ferias, os dois se apaixonaram, viveram uma dramática história de amor e nunca mais saíram do Brasil. Hoje em dia vivem em Angra e no Rio, trabalhando e cuidando da filha de um aninho que os dois têm.
E como eles conhecem mais a cidade, alugaram uma casa de praia para nós dois.
