Capítulo 50

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— Ainda não aprendeu a não entrar na minha sala sem minha autorização, Srta

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— Ainda não aprendeu a não entrar na minha sala sem minha autorização, Srta.Johnson?

É lá estava aquela voz rouca que desejei nunca mais ouvir, ou melhor, achei que não fosse ouvir.

John está parado próximo a porta, de braços cruzados, casualmente. Sua expressão tá tão relaxada que eu me pergunto se ele lembra da nossa última conversa e como ela acabou. Seus olhos azuis estão focados em mim, só param quando piscam, meu corpo está quente e nervoso com isso.

— Não vai falar nada?— Perguntou caminhando em passos lentos, até parar próximo a mesa, ainda do outro lado.— Parece a primeira vez que nos encontramos, você ficou tão surpresa e assustada.

— Você foi um mal educado.— Sussurro deixando a fotografia no mesmo lugar.

John solta uma risada, ainda me encarando. Nego com a cabeça antes da meia volta, caminho rapidamente em direção às minhas coisas, mas parei ao sentir a mão do John se fechando ao redor do meu braço.

— Quero conversar com você, Emma.

— Não temos nada pra conversar, Jonh.— Tentei me soltar, mas John não largou meu braço, não ao ponto de apertar para me machucar.

— Não quero te obrigar a nada, mas por favor me ouça.
— Sussurrou em tom de súplica.— Eu só preciso de alguns minutos, nada mais.

Viro meu rosto em sua direção. John está a alguns centímetros longe de mim, seus braços estão caídos, e sua expressão abatida, como se realmente sua vida dependesse disso.

— Prometo que se você não quiser ficar depois que eu falar tudo, te deixo ir embora.

— O quê quer dizer, John? Me diga! Será que você já não disse tudo…

Fecho os olhos. Conto até três antes de abri-los novamente. John está me observando atentamente, como se esperasse uma confirmação de que deve prosseguir.

Mas estou farta e com o coração dilacerado para ouvir pedido de desculpas ou arrependimentos da sua parte, em relação ao que aconteceu conosco.

— Quero falar primeiro.— Digo com a voz mais firme que consigo. 

John leva alguns segundos para assentir com a cabeça. Dou um passo para trás, como se fosse me ajudar em algo, mas talvez vá.

Meu corpo é muito traidor, não quero me jogar nos seus braços como uma boba apaixonada, por mais que ele suplicasse por isso. Precisa ser forte, Emma.

MEU CHEFEOnde as histórias ganham vida. Descobre agora