Emma é uma das milhares de pessoas que se mudaram para Nova York, atrás de uma vida melhor, ou apenas para esquecer o passado, que às vezes machuca como uma faca que foi cravada no coração.
Inteligente, forte, corajosa e uma beleza de invejar qualqu...
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Encarei a pista de dança que parece mais cheia ainda. Avisto de longe um grupo de homens com uma mulher, e reconheço a Joana e o Rodrigo. Xinguei baixinho quando ele parece me perceber, fala algo no ouvido da irmã que assenti e da minha na minha direção em passos largos.
— Oi, Emma!
Sorri de lado parando na minha frente, um pouco próximo por conta da música alta.
— Oi, Rodrigo.
Devolvi encarando seus olhos.
— Você está bem?— Perguntou sentando ao meu lado, viro apenas meu rosto em sua direção.
— Estou bem.— Respondi sem querer prolongar nossa conversa, e ele parece perceber.
Rodrigo encarou a pista de dança à nossa frente por alguns segundos antes de retornar seu olhar ao meu rosto.
— Quero te pedir desculpas por tudo que falei no luau, fui um completo babaca, e eu juro por Deus que não sou daquele jeito.
— Fiquei chateada pela forma que falou.— Admito.
— É, eu sei. Espero que possa me perdoar.— Falou um pouco mais baixo.
Uma música mais romântica soou pela pista, alguns reclamaram, mas os casais pareceram gostar.
— Fiquei um pouco ressentido pelo jeito que aquele seu amigo falou sobre mim, como se fosse o dono do mundo.— Soltou um leve suspiro.
— Não acho que o fato do John ter falado daquela forma com você, fez você agir como um babaca e falar que podia ter transando comigo mesmo eu estando bêbada.
— Não transaria com você, bêbada. Com nenhuma mulher na realidade, só falei aquilo porque tive meu ego quebrado.— Admitiu coçando a nuca.— Acho melhor eu voltar para onde estão meus amigos. Só queria pedir desculpas pela forma que agi, vou entender se não quiser me desculpar.
— Ok.
Respondi pelas suas duas frases. Rodrigo assentiu antes de caminhar de volta para a sua roda de amigos.
— Achei que a festa fosse reservada só para hóspedes.— A voz do John soa ao meu lado, dou um pulinho de susto o encarando.— Me desculpe, achei que tinha me visto chegar.
— Eu não vi.
— Aquele cara é hóspede da pousada?— John perguntou parando na minha frente.
Balanço a cabeça em negativo.
— Ele deve tá com algum amigo hospedado aqui. — Dou de ombros.
Ergo meus dedos até o peitoral do John, traçando uma linha invisível ali.
— Não gosto dele.— Disse sério, ergo a sobrancelha.
— Bom, ele também não gosta de você. Então, acho que vocês estão quites nessa questão.— Brinco tentando acabar com o clima estranho que quer se formar entre nós dois.
