Não precisa voltar

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O despertador tocou as 6:00 am, abri as pálpebras pesadas e senti um peso sobre a minha cintura, quando vi era os braços de Ana que estavam sobre mim, apesar de ela está dormindo profundamente. Tirei seu braço delicadamente de cima de mim, e virei para seu rosto a admirando, e senti pela primeira vez que estava pronta pra aquilo tudo de novo.

Passei delicadamente as pontas dos dedos em seu rosto, passei as costas dos dedos em seu rosto aonde havia o machucado que agora era quase perceptível, eu fiquei imaginando como ela conseguia cair daquela cama de casal enorme, por um momento imaginei que ela não deveria estar na cama dela, e afastei imediatamente aquele pensamemto, não conseguia imagina Ana com outra pessoa, foi quando ela se mecheu e eu me afastei rapidamente pois não queria que ela acordasse, mesmo imaginando beijar aquela boca novamente.

Levantei com cuidado e caminhei até o banheiro, fiz minha higiene matinal, mesmo reparando que eu estava totalmente horrível, coloquei a mesma roupa que dormi, não vestiria as roupas com sangue da Ana, não poderia pensar no que havia acontecido com ela, voltei para o quarto e fiquei a observando dormi, parecia um anjo, talvez fosse, talvez Ana fosse o anjo que eu precisava na minha vida, ou talvez precisa-se deixá-la em paz e não envolvesse ela na bagunça que é a minha vida.

Sexo a muito tempo foi a minha válvula de escape, eu pegava as minhas alunas e outras mulheres qualquer, pra tentar fugir do mundo sombrio que havia dentro de mim, elas realizavam os meus desejos sexuais e depois iam embora. Mas agora parada no quarto de Ana, olhando ela dormi tranqüilamente pude perceber que não era mais isso que eu queria.

Pensei em como seria complicado eu namorar minha aluna, uma agente que estava no começo da sua experiência, isso era totalmente inapropriado, todo mundo ia falar, eu óbvio que não iria me importar, tão pouco afetaria meu trabalho, mas Ana era diferenre, ela era aluna, qualquer coisa que fazíamos as pessoas ia contar como favoritimos, eu poderia encaminhar ela para outro professor, ela merecia muito mais do que namorar escondido.

Cortei meus pensamentos e joguei para longe fazia tempos que eu não pensava em me relacionar com ninguém, deixei o quarto, antes me aproximando de Ana, queria gravar aquela imagem pra sempre em minhas lembranças, aquela imagem de mulher serena dormindo, com um sorriso nos lábios, dei um beijo em sua testa e sai em direção a cozinha, provavelmente eu não estaria mais lá, ninguém ataca uma agente do fbi e fica por isso mesmo, apesar de não estar mais ativa e ainda tinha meus contatos e havia muita coisa pra fazer. Então eu deixaria o café pronto e preparia algo pra ela comer, talvez assim pudesse mostrar toda a minha gratidão, e quem sabe assim eu ganhasse alguns pontos.

Fui pra cozinha e me imaginei o que ela gostaria de comer, abri seu armário e peguei o café mesmo não sabendo se ela gostava ou não, eu precisava de uma dose de cafeína. Peguei algumas frutas cortei em pequenas fatias para preparar uma salada de frutas, sorri ao pensar como ela reagiria ao acordar e ver que ao seu lado teria uma bandeja de café da manhã completo pra ela, eu cantarolava e dançava mostrando assim meu bom humor matinal, algo raro nos últimos anos, ouvi a porta bater, provavelmente ana acordou e estragaria a surpresa, respirei fundo derrotada.

- Ana - a voz masculina vinha do corredor aos poucos.

- Você não tá normal, o que está fazendo acordada às 7 da manhã de domi... pro-professora Vitória Parris - levei um verdadeiro susto ao constar quem estava na cozinha.

Me virei devagar pensando no que ia dizer a Felipe.

- É... fe... oh minha nosssaaaa!!!!

Me virei completamente envergonhada ao ver felipe completamente nu parado na porta da cozinha.

- o que faz aqui? - Fe sorriu ao ver sua professora sem jeito.

- Felipe Dawkins, co- como vai você?

ConfiarWhere stories live. Discover now