O Melhor Amigo Do Meu irmão

Entre Primos

POV – Katherine

O final de semana passou com uma rapidez surpreendente, tudo que é bom dura pouco...mesmo eu tendo passado esse tempo apenas com a minha mãe que na semana em que estávamos fora aproveitou para arranjar um “paquera” como ela mesma diz, Derek estava o tempo todo marcando encontros com Natsumi ou então estava na casa de James, Amanda estava conhecendo a cidade com o Jason, se eu dissesse que não estou irritada com os meus amigos eu estaria mentindo, porque me sinto excluída. No domingo à noite minha mãe foi fazer plantão no hospital e decidi ligar para Kurt vim assistir filme comigo, claro que ele pediu para Alec vim junto, então relutantemente eu acabei aceitando.

– Petta é um tesudo. – Disse Kurt se abanando com as mãos ao assistir “Em Chamas”.

– Eu prefiro aquele loirinho. – Eu disse voltando da cozinha com um pacote de pipoca, Kurt deu dois pulinhos no sofá ao ver a pipoca e fazendo Alec rir da sua atitude infantil.

– Amo jogos vorazes. – Disse Kurt com a boca cheia de pipoca.

– Detesto esse filme, vou jogar verde! O que aconteceu com você e o James? – Disse Alec se ajeitando no sofá, Kurt arregalou os olhos e deu um tapa no braço do namorado.

– Isso era para mais tarde, quando ela estivesse com sono. – Disse Kurt repreendendo-o, uma mecha de cabelo cobria o meu rosto logo Kurt tirou com cuidado e colocou atrás da orelha. – Não vale mais fugir, fadinha...- As únicas pessoas que me chamavam de fadinha era meu irmão, minha mãe, minha avó que morreu e Kurt, ou seja, era um apelido muito intimo e com um significado bem bobo mas importante para mim. Quando eu tinha 10 anos fui passar minhas férias de julho com a minha avó no Texas, igual a todos os anos, uma noite em especial ela veio até o meu quarto e começou a me contar histórias de fadas vendo que eram as minhas histórias preferidas ela sempre buscava comprar tudo o que houvesse asas e pode parecer ainda mais idiota mas eu sonhava muitas vezes em voar, a raça humana é algo tão limitado para mim.

– Se eu não contar para alguém, acho que vou explodir! Não me sinto segura de contar pra Natsumi e nem pra Amanda, nem tenho tempo pra isso também. – Eu disse soltando um suspiro cansado ao me lembrar que num momento como esse seria Natsumi aqui com os seus comentários curtos e sua risada fina, depois de contar a história toda para eles o que levou um certo tempo, chegamos ao momento que o queixo deles dois estava no chão.

– Eu preciso beber água. – Disse Kurt pálido enquanto caminhava para a cozinha.

– É muito ruim? – Perguntei para Alec que parecia pensativo.

– Eu sou gay e nunca fui pego pelo o “feitiço” do James, achei que você fosse diferente. – Disse Alec ajeitando os cabelos curtos e escuros que realçavam os seus olhos com lápis de olho. Fiquei vermelha de raiva por ser comparada com as outras garotas, mas brigar seria uma luta perdida, eu sou a única pessoa que sem um papel e uma caneta não tem argumentos?

– Não sou igual às outras! É diferente, quero dizer que ele é diferente! Eu o conheci.

– Todos nós temos um lado bom e ruim, somos nós que decidimos qual vai prevalecer e qual dos dois lados você acha que ele escolhe? Seja lá quem você conheceu esses dias foi uma ilusão, você tem esse instinto ridículo de proteger ele e não é de hoje. – Disse Alec alterando o tom de voz para um alerta, eu não sabia até que ponto Kurt estava escutando na porta da cozinha, me senti colocada contra parede e sem nenhum argumento para mostrar os meus motivos de sentir algo mais por aquele idiota, porque definitivamente eu sentia algo mais.

– Já chega Alec! - Repreendeu Kurt com uma carranca no rosto. – Não escute ele, você sabe que ele odeia o James.

– Então o que você acha que eu devo fazer? – Perguntei.