O Melhor Amigo Do Meu irmão

Sem Desculpas

POV – Katherine

Quando você está à beira da morte, todos os flashes da sua vida passam pelo os seus olhos, isso até você pensar na pessoa mais importante que um dia já passou por ela então você deseja insanamente para que continue viva porque apenas talvez, eu disse talvez, você e ela tenha um final feliz. Alguns estudiosos já afirmavam que algumas pessoas nasceram monogâmicas, eu não acredito nisso, existe vários tipos de amor e podemos amar dos mais variados tipos, existe aquele amor calmo que te dá uma estabilidade e é tão confortador quanto se enrolar no seu edredom quando estiver chovendo. Também tem o amor cheio de paixão que quando duas pessoas se tocam é como se alguém tivesse ligado uma cerca elétrica, a atração entre essas duas é tão forte quanto duas cargas diferentes se atraem, o desconhecido é atraente, é como se estivéssemos entrando em terras inexploradas.

Queremos o que não podemos ter.

E foi isso o que aconteceu comigo, eu experimentei a dor de ser rejeitada, a dor do amor, a dor da briga, eu fui eu mesma nesse tempo todo. Apenas uma Katherine que não se importa com o que vão pensar dela e muito menos se importa em parecer à mesma nerd de sempre, ela não sou eu, seja lá quem eu sou, não estou me rotulando no momento. A parte de boa de estar com James é que você nunca sabe o que vem a seguir, seria totalmente chato que ele fosse um cara previsível, eu iria enjoar assim como enjoei de mim mesma, pensando bem o que torna os momentos tão especiais é a singularidade de cada um, e o que os torna tão vivos é a capacidade que temos de lembrar-se de alguns deles de formas demasiadamente diferentes. Alguns passam despercebidos, outros são inesquecíveis. E acho que serei incapaz de esquecer o olhar preocupado e aliviado que James me dirigiu ontem à noite ou hoje, que dia era mesmo?

– Sua burra! Você é uma perdedora Fields. – Disse James rolando a roleta do jogo, já fazia algumas horas em que eu estava no hospital e tudo o que recebi foi um lindo sermão da minha mãe e muito soro na veia, mas não falei para ninguém o que havia acontecido. James trouxe da sua casa o seu jogo do banco imobiliário e já faz um bom tempo que estou o deixando ganhar, é engraçado vê-lo tão feliz apenas com o fato de ganhar de mim, como se eu fosse algum tipo de gênio. Ah não, não esperou que ele simplesmente me enchesse de beijos quando eu acordasse não é mesmo? Instabilidade.

– Deixa de ser babaca. – Resmunguei, talvez eu não estivesse mesmo prestando atenção no jogo, mas ele era um excelente jogador. Me levantei o suficiente para bagunçar todo o jogo no tabuleiro, James até tentou me impedir porém fui rápida.

– Droga! Você não saber perder, sua destruidora de jogos perfeitos. – Disse James deitando a cabeça em cima do tabuleiro. Ah qual é, eu nunca iria deixa-lo ganhar. A enfermeira logo entrou no quarto sorrindo até demais para o meu namorado, ela deixou a bandeja de comida ao lado da minha cama e mandou um sorriso discreto antes de sair rebolando porta a fora, digamos que eu fiquei apenas um pouco enciumada ao ponto de pegar o pão que estava em cima da bandeja e jogar na porta assim que ela bateu me arrependo amargamente de não ter enfiado gula a baixo.

– Oferecida. – Murmurei enquanto James gargalhava, ele de fato adorava chamar atenção de todos principalmente das mulheres, e fazia isso sem nem perceber. Não posso negar que tinha momentos que eu me sentia totalmente insegura quanto a ele, afinal essas mulheres são tão melhores do que eu.

– Tá com ciúmes? – Disse James arqueando a sobrancelha enquanto o seu típico sorriso perverso tomava conta do seu rosto, era tão convencido que me deixava até envergonhada. Neguei com a cabeça e arrastei a bandeja até que ficasse na altura correta para eu poder comer. – Isso tá chato. – James reclamou guardando o tabuleiro e em seguida ligando a tv que foi direto para um canal de pornografia, dei um grito ao ver as cenas fortes e posso dizer com todas as palavras CHOCANTES para mim, James mudou imediatamente de canal ao escutar o meu grito.