Fugir Nunca É A Melhor Opção

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POV – Katherine

Tamborilei os meus dedos em cima do meu novo caderno de matemática ainda pensando em cada palavra dita por Jason, o meu coração estava apertado e nem todas as equações de matemática do mundo poderiam me salvar dessa sensação ruim, além de ter me contado o que precisava ele havia me atualizado, afinal não é todo dia que posso conversar com todos os meus amigos e pensar que alguns meses atrás eu tinha apenas Natsumi e Kurt.

Natsumi e Derek estavam bem, mas o meu irmão parecia estar mais estressado do que nunca o que eles julgam que possa ser a minha ausência, de uma certa forma eu o entendo de vez em quando me sinto frustrada com a sua falta. Hanna parecia estar dedicando cem por cento do seu dia para os preparativos do baile que logo chegava, Cory estava seguindo os passos dela como sempre. Kurt e Alec estavam vivendo muito bem no novo apartamento e todo aquele medo de conviver um com o outro e perder a paixão se foi, eles realmente estavam bem naquele apartamento, dividindo uma vida. Minha mãe parecia estar atolada no trabalho como sempre, porém nos fins de semana ela era inteiramente do seu namorado, uma vez ou outra ela fazia questão de me ligar, nossa relação havia melhorado muito. Will parecia estar se divertindo muito em ser amigo de James.

Cada um deles estavam extremamente felizes com a vida que estavam tendo, quando Jason contou cada momento engraçado que perdi eu senti falta, mas sabia que se eu estivesse lá não seria tão engraçado assim...talvez por eles ainda terem pena de mim. Deixei o caderno de lado notando que minhas mãos não conseguiam mais escrever, o meu psicológico estava completamente abalado e a música que soava estridente do andar de baixo não ajudava nenhum pouco, quando Nate me disse que iria fazer uma “reuniãozinha” realmente esperei que fosse caso de 10 pessoas ou menos, mas quando a trigésima pessoa apareceu eu chutei o pau da barraca.

Só para ter mais segurança havia trancado a porta antes de me deitar e começar a estudar, por incrível que pareça eu conseguia estudar com barulho normalmente, mas sempre a minha cabeça voava para a minha conversa com Jason, eu estava impossibilitada. Bufei jogando o meu caderno na escrivaninha ao lado da minha cama, decidi que se continuasse naquele quarto iria enlouquecer e pegar o primeiro avião para Londres e eu não poderia fazer isso com o meu pai, nem comigo mesma. Me olhei no espelho verificando se eu estava descente para poder descer, usava apenas uma calça jeans, uma blusa jeans clara com botões, um all star preto e a minha clássica trança de lado, passei um gloss antes de descer.

Passei por um casal de namorados que entrava sorrateiramente no quarto de hóspedes e desci as escadas até encontrar Nate engolindo alguma garota contra a coluna da sala de estar onde não tinha mais nenhum móvel e estava abarrotado de pessoas, a sala estava mal iluminada com um jogo de luzes iluminando uma vez ou outra o ambiente. Quando Nate soltou a garota logo o feixe de luz azul atingiu o seu rosto e reconheci Skyler com o cabelo bagunçado, mas parecendo estar totalmente sóbria ao contrário do meu irmão.

Eu não fazia ideia onde Donna e meu pai haviam ido, apenas quando cheguei em casa Nate estava organizando tudo e nem tive cabeça para perguntar onde eles estavam. Olhei com um pouco de receio para a pista de dança sentindo vontade de dançar, eu nem precisava beber, óbvio! Prometi que nunca mais faria isso na minha vida novamente, mas dançar não é beber e uma dancinha não iria fazer de mim uma pessoa completamente sociável, apenas uma garota querendo esquecer os problemas que deixou para trás, certo? Quando vi o meu corpo já estava no ritmo da música Blame do Calvin Harris, eu sabia porque estava na pasta das músicas favoritas do ipod da Hanna.

Senti duas mãos fortes pousarem na minha cintura, me virei encontrando Lukas com um sorrisinho de canto.

– Ela sabe se mexer. – Disse Lukas piscando para mim. Revirei os olhos dando um sorriso fraco, Lukas assumiu de imediato uma expressão séria. – Já está melhor? – Assenti com a cabeça ao me lembrar que a minha tarde divertida foi subitamente estragada, pedi à Lukas para irmos logo embora, não fizemos a minha tão querida prancha que ele havia me prometido, tudo o que eu queria fazer era ir para casa e morrer dentro do quarto, Lukas pareceu ter aceitado tudo calmamente, mas sempre que podia me olhava de esguelha para ver o meu rosto triste. – Ótimo. Porque hoje é dia de festa.

O Melhor Amigo Do Meu irmãoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora