"Já notou que basta apenas um segundo para toda sua vida mudar? Apenas um segundo é o que basta. Um segundo para devolver o sorriso do garoto bonito sentado na mesa ao fundo dá cafeteria, um segundo para dizer sim a esse garoto no altar. Um segundo...
"E ficou imaginando se havia alguma coisa no mundo tão dolorosa quanto não poder proteger as pessoas que amava"
— Os Instrumentos Mortais, Cidade dos Anjos Caídos.
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
O barulho alto do telefone se fez ouvir na casa cerca de três e vinte dá manhã. O som fez com que eu recobrasse a consciência e ainda de olhos fechados ouvi quando o barulho parou e alguém atendeu o telefone. Um arrepio percorreu minha espinha. Abri os olhos e meu quarto todo piscava com luzes vermelhas e azuis intermitentes.
Salto rápido dá cama e desço as escadas correndo. Quando chego na sala, minha mãe ainda está com o telefone na mão enquanto fala com um policial alto e moreno de bigode. A mulher antes sempre sorridente e de bom humor agora tinha o rosto vermelho e os olhos cheios de lágrimas.
Chego perto de minha mãe e seguro sua mão.
— Mãe? O que aconteceu? — pergunto com medo dá resposta.
Ela se inclina na minha frente e me olha nos olhos.
— Não quero que se preocupe, vai ficar tudo bem, eu quero que você vá até seu quarto e vista algo quente, vamos ao hospital.
Meu sangue gela. Fazer o que no hospital a essa hora dá manhã?, eu penso.
— Por que? Por que temos que ir ao hospital a essa hora?
Lágrimas escorrem de seus olhos e ela diz com a voz frágil:
— Seu irmão sofreu um acidente.
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
Mark não parava de me encher a dois dias com essa porcaria de corrida. Meu maior defeito sempre foi o orgulho. Só de pensar em perder para o tapado do Mark já me enchia de raiva.
E agora todos esperavam que eu aceitasse seu convite para a maldita corrida na sexta a noite. Era ridículo. Todos sabiam que eu iria ganhar, meu carro era mais potente que o corcel velho que ele dirigia.
Mas mesmo assim ele não parou de me alfinetar com aquilo a semana toda. Na sexta a noite quando ele me ligou foi a gota d'água.
— Ah vamos maricas! Está com medo de perder para o meu corcel? — ele ri do outro lado dá linha.