Capítulo dois

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"E ficou imaginando se havia alguma coisa no mundo tão dolorosa quanto não poder proteger as pessoas que amava"

— Os Instrumentos Mortais, Cidade dos Anjos Caídos.

      O barulho alto do telefone se fez ouvir na casa cerca de três e vinte dá manhã

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      O barulho alto do telefone se fez ouvir na casa cerca de três e vinte dá manhã. O som fez com que eu recobrasse a consciência e ainda de olhos fechados ouvi quando o barulho parou e alguém atendeu o telefone. Um arrepio percorreu minha espinha. Abri os olhos e meu quarto todo piscava com luzes vermelhas e azuis intermitentes.

      Salto rápido dá cama e desço as escadas correndo. Quando chego na sala, minha mãe ainda está com o telefone na mão enquanto fala com um policial alto e moreno de bigode. A mulher antes sempre sorridente e de bom humor agora tinha o rosto vermelho e os olhos cheios de lágrimas.

      Chego perto de minha mãe e seguro sua mão.

— Mãe? O que aconteceu? — pergunto com medo dá resposta.

      Ela se inclina na minha frente e me olha nos olhos.

— Não quero que se preocupe, vai ficar tudo bem, eu quero que você vá até seu quarto e vista algo quente, vamos ao hospital.

      Meu sangue gela. Fazer o que no hospital a essa hora dá manhã?, eu penso.

— Por que? Por que temos que ir ao hospital a essa hora?

      Lágrimas escorrem de seus olhos e ela diz com a voz frágil:

— Seu irmão sofreu um acidente.

      Mark não parava de me encher a dois dias com essa porcaria de corrida

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      Mark não parava de me encher a dois dias com essa porcaria de corrida. Meu maior defeito sempre foi o orgulho. Só de pensar em perder para o tapado do Mark já me enchia de raiva.

      E agora todos esperavam que eu aceitasse seu convite para a maldita corrida na sexta a noite. Era ridículo. Todos sabiam que eu iria ganhar, meu carro era mais potente que o corcel velho que ele dirigia. 

      Mas mesmo assim ele não parou de me alfinetar com aquilo a semana toda. Na sexta a noite quando ele me ligou foi a gota d'água. 

— Ah vamos maricas! Está com medo de perder para o meu corcel? — ele ri do outro lado dá linha. 

Sob a Luz de Mil EstrelasWhere stories live. Discover now