"Já notou que basta apenas um segundo para toda sua vida mudar? Apenas um segundo é o que basta. Um segundo para devolver o sorriso do garoto bonito sentado na mesa ao fundo dá cafeteria, um segundo para dizer sim a esse garoto no altar. Um segundo...
"Você só entende a verdadeira dor quando perde alguém importante."
— Kirito, SwordArt Online.
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Horas depois Suzana é internada em um quarto e os médicos vem falar comigo. A essa altura já liguei para Ronnie e Lydia, para Cassie e para o pai de Suzana.
Eles me explicam que ela está estável no momento, mas que ainda não acordou por conta de um trauma na cabeça.
— O feto está bem também.
— Quanto tempo? — pergunto — De quanto tempo ela está grávida?
Eles se entreolham e a médica loira é quem me responde.
— Vinte e cinco semanas e meia.
Apenas concordo com a cabeça. Eles me levam até o quarto dela. Sinto um nó na garganta ao vê-la daquele jeito. Sento ao seu lado e seguro sua mão, é só o que posso fazer.
Cassie, Ronnie e Lydia chegam ao hospital e me encontram no quarto. Explico a elas o que os médicos me disseram, mas não digo o motivo de ela ter saído de casa naquela noite. Elas ficam felizes ao descobrir que Suzana está esperando um bebê.
A médica loira e um outro médico vem ao quarto e pedem para falar comigo. Cassie me acompanha.
— Precisamos conversar sobre algo sério.
— É sobre o bebê? — pergunto.
— O estado cardiovascular dela pode melhorar e muito, mas nós precisamos saber o que vocês querem fazer.
— O que a Suzana quer fazer — Cassie diz — O bebê não está forte o suficiente para nascer.
Solto um som de desprezo. Eu queria muito um filho, e Suzana também queria, demais. Mas nesse momento tudo que eu queria era salvar a minha mulher.
— Por que estamos falando sobre o bebê? Temos que dar a Suzana o máximo de tempo possível.
Cassie me olha espantada.
— Você não pode estar falando sério — ela diz.
— Eu só estou dizendo que temos que dar pra ela a melhor chance.
— Ela quer um bebê — Cassie argumenta.
— Ela quer viver! Droga. De que adianta um bebê se ela não vai estar aqui?
Fico bravo com ela. Quem tinha que decidir isso era eu, e não ela.
— O que vai acontecer se ela acordar e descobrir que perdeu o filho?
— Não faz diferença se ela não acordar.
— Não é simples assim.
— Eu sou o pai! Eu sou o marido! Então sim, é simples assim — digo alto me retirando.