Capítulo 35

2.4K 314 67
                                    

Estava mais do que evidente o semblante de espanto no rosto de Lady Cibele e Sr. Cardoso. Nada do que eles dissessem ou fizessem poderia minimizar ou disfarçar a história que Vitória acabou de ouvir. Lady Cibele olhou para os dois lados e deu um pequeno passo para trás e antes que conseguisse correr, Sr. Cardoso segurou a sua mão e deu uma leve apertada deixando claro que ambos estavam perdidos. E tudo o que eles fizeram durante aqueles minutos silenciosos foi torcer para que a jovem que os encarava não tivesse entendido ou escutado direito a conversa. Mas para o seu azar e sorte de Vitória ela entendeu muito bem palavra por palavra e se manifestou na hora exata.

– Como o senhor tem a capacidade de causar tanta dor a minha amiga? fico pensando o quão doente, os dois são por imaginar que ela vai te querer, será que não consegue entender que Magnólia jamais ficaria com o senhor, mesmo que fosse o último homem na face da terra? E agora que eu descobri toda a verdade, vou contar a ela – Vitoria caminho sem medo até a porta e continuou – Vou fazer mais do que isso, vou contar a ela e cidade inteira o tipo de homem que você é. Vou arruinar seus planos ridículos – concluiu ela correndo para o salão.

–Não acredito que fomos tão burros – Disse Lady Cibele – E agora o que faremos?

– Vou resolver isso de imediato, preciso pegar ela antes que entre no salão.

– E o que está fazendo aqui seu inútil, corre atrás dela!

Os bailes particulares nunca são tão cheios quantos os bailes públicos, mas naquela noite era uma ocasião interessante, ninguém queria perder um baile organizado pela filha mais nova de Sr. Santiago, assim se fosse um baile comum, privado Srta. Alves teria encontrado a amiga de imediato, mas não era este o caso ao entrar no salão foi difícil achar Magnólia.

Perguntou a todos e todos diziam a mesma coisa "Ela estava aqui quase agora". A banda voltou a tocar e Sr. Cardoso, entrou no salão como um caçador indo em busca da presa e avistou de imediato a Srta. Alves, o que não foi difícil. Afinal, seu detestável vestido amarelo a denunciava de longe.

Sr. Cardoso caminho calmamente até a jovem e a pegou com firmeza pelo braço o que fez as suas pérolas falsas, que ainda estavam em sua mão, caírem no chão.

– Me solta! – Disse ela puxando o braço – Seu... seu... desonesto.

– Desonesto? Com uma variedade de palavras vai usar aquela que mais parece um elogio?

– Seu golpista, salafrário, patife e... cretino.

– Como é doce o som de uma donzela com raiva – Provocou ele e segurando com mais firmeza concluiu – Essa não é a melhor hora para destruir a minha digníssima reputação. Pois tal demonstração de ódio arruinaria o primeiro baile da sua amiga. Acredito que a senhorita e todos ao redor não deseja ver isso.

Vitória foi obrigada a reconhecer que deveria manter a classe e evitar um vexame no primeiro baile de sua amiga e aceitou dançar com o conde, mas estava determinada a ir atrás de amiga e contar toda a verdade.

Ao ouvir a música Magnólia conferiu quem seria o seu próximo parceiro de dança, era um jovem que tinha acabado de fazer dezoito anos e com certeza ele não estava tão familiarizado com as regras da etiqueta, ainda mais a principal delas, de que nunca deveria esquecer de ter reservado uma dança. Olhando em volta não encontrou o parceiro, mas notou Sr. Gregório pegando um drink e foi até ele, tirar a dúvida de uma história que lhe foi mal contada.

– Preciso saber a verdade – Disse ela de repente – você a beijou?

Sr. Gregório se assustou com a perguntou e se engasgou a ponto de ficar vermelho e sem folego.

MagnóliaWhere stories live. Discover now