Eu examino cada área, e cada canto da floresta, tentando encontrar o Matt. Não posso deixar de pensar que algo pode ter acontecido com ele.
Estou tentando permanecer forte, já fui fraca demais ontem. Desta vez, preciso aguentar firme e mostrar que consigo aguentar a pressão.
Não sei se deve gritar o nome dele ou não... Que se dane! Eu grito o nome de Matt para a esquerda e para a direita, enquanto continuo caminhando, depois, eu paro e tento escutar algum tipo de resposta.
Já estou há uma hora a caminhar, é melhor eu voltar. Quero estar perto do mar antes do pôr do sol, não é seguro ficar na floresta durante a noite.
Me sinto um pouco angustiada por não saber onde o Matt está, com o passar das horas, me sinto cada vez mais estúpida por ter gritado com ele ontem. Matt tem razão, precisamos cuidar um do outro, é a nossa única chance.
Talvez ele esteja caminhando pela praia, tomara que eu o encontre lá. Eu começo a voltar, quando ele aparece na minha frente...
JULIA: Matt!
MATT: Amor... Eu estava tão preocupado.
Eu pulo em seus braços, Matt me abraça forte e me aperta contra ele. Eu me afasto um pouco e olho em seus olhos, seu rosto está com um grande sorriso.
Eu começo me desculpando, mas Matt coloca um dedo em meus lábios, antes que eu pudesse dizer qualquer coisa.
MATT: Falamos sobre isso depois, primeiro, preciso te mostrar uma coisa.
Eu seguro a mão de Matt e o acompanho pela floresta.
JULIA: Matt... que linda...
MATT: Não é?
Eu concordo com a cabeça, hipnotizada pela beleza do lugar onde ele me trouxe. Eu olho para Matt, que também está admirando as cachoeiras e seguro a sua mão.
Eu coloco meus dedos entre os dele e vejo Matt olhando para mim, com um olhar amoroso em seu rosto.
MATT: Eu sei o que você quer me dizer...
Eu decido interrompe-lo e falar sobre a minha crise da noite passada.
JULIA: Você não está com raiva de mim?
MATT: Porque eu estaria, amor? Está muito difícil para você, eu entendo perfeitamente isso. E farei o possível para ajudá-la a aguentar.
Eu coloco suas mãos ao meu redor e peço um abraço, Matt encosta o queixo na ponta do meu nariz e me olha com um sorriso no rosto.
MATT: Amor... Naquela noite, no avião, eu corri para a cabine para ir até você. Daryl tinha me informado que os motores do avião estavam falhando, a única coisa que me veio à mente foi...
Matt pára por um momento e respira fundo.
MATT: Correr até você para garantir que nada acontecesse.
Eu continuo olhando para Matt, sem dizer nada.
MATT: Quando o avião caiu no mar, o choque me jogou contra o assento de um passageiro. Senti minhas costelas quebrando e não conseguia respirar. Eu rastejei até você, e ficava repetindo a mim mesmo que tudo iria ficar bem. Olhei para o seu corpo largado, inconsciente, no meio do corredor. Um homem pisou em seu braço, outro me impediu de me levantar, o caos era geral, mas tudo o que eu pensava era em você, eu não podia deixá-la sozinha.
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