DARYL: A imprensa publicou uma investigação sobre o passado de vocês como um casal. Não sei de onde eles tiraram as informações, mas...
Eu permaneço imóvel, sem respirar, e Daryl faz uma expressão envergonhada e triste.
DARYL: A imprensa está falando sobre o relacionamento que eu tive com a Julia. Matt, eu quero que você saiba que isso é apenas fofoca. É caso de difamação, você pode processá-los por isso.
Eu não posso acreditar que a imprensa foi tão longe. Eu olho para Matt, ele encara Daryl com um olhar penetrante e sério.
JULIA: O que mais eles disseram?
DARYL: Isso é pessoal com você, Julia... Eles estão falando sobre Ryan e Colin, com trechos de mensagens.
MATT: Ah, droga... as coisas só pioram.
Matt está ficando agitado, ele coça a testa, nervoso, e anda pelo quarto.
DARYL: Olha, Matt... há algo muito estranho. Não é apenas a midia... vai muito além disso...
MATT: Daryl, cale a boca...
O tom de Matt é tão sério que o quarto fica em silencio absoluto. Eu olho para ele, um pouco confusa, sem saber o que dizer para acalmá-lo.
MATT: Quem passou as informações? Temos que descobrir quem nos entregou, alguém está querendo nos prejudicar. Precisamos ligar para Ryan, Colin, Allan, Liza... Quem teve acesso às mensagens de texto? E como? Além do mais, que absurdo, isso aconteceu há mais de um ano. O que estão tentando fazer? Destruir as nossas vidas?
JULIA: Daryl, nos deixe a sós, por favor.
Daryl concorda com a cabeça e sai pela porta, cabisbaixo.
Eu saio da cama, ainda enrolada no lençol, e me aproximo de Matt.
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JULIA: Amor, eles só querem nos provocar.
MATT: Mas agora eles foram longe demais... Eles invadiram a nossa privacidade e pagarão caro por isso.
Rapidamente, Matt pega uma camiseta sobre uma poltrona. Ele caminha, enfurecido, em direcção à porta do quarto.
JULIA: Amor, o que você vai fazer?
Quando a porta fecha, me vejo sozinha no quarto, em total silencio.
Eu me visto rapidamente e corro até o elevador, para parar Matt antes que seja tarde demais.
Eu pressiono insistentemente o botão para fechar as portas do elevador, nervosa, percebo que minhas pernas estão tremendo.
Preciso parar Matt antes que ele fale com os jornalistas na frente do hotel. Eu sei que ele perde a calma quando está assim, especialmente quando se trata da nossa privacidade.
Eu vejo os números dos andares diminuindo lentamente, acima da porta do elevador. Eu continuo batendo os pés no chão, torcendo para que ainda dê tempo.
Então, finalmente, eu chego no térreo e as portas se abrem. Eu vejo Matt a uns dez metros de mim, pronto para sair.
Os jornalistas já o viram, todos ficam alvoroçados e os flashes aumentam.
JULIA: Não, não, não, Matt... Não faça isso...
Eu corro em sua direcção o mais rápido possível, antes que ele chegue até a porta.
JULIA: Amor! Não faça isso!
Matt não me ouve, há muito barulho vindo de fora. Ele está prestes a passar pelas portas giratórias, e eu estou a poucos metros dele.
É tarde demais, eu não vou conseguir...
No ultimo instante, eu estico a mão para segurar Matt. De repente, alguém entra rapidamente no hotel e pára na frente dele.
