Problemas - Cap. 10

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P.O.V. Isabel

Assim q sai da delegacia vi um carro azul claro, de modelo antigo, dos anos oitenta mais ou menos, muito lindo, eu via meu reflexo nele quanto mais eu chegava perto. Logo subi o olho e vi Pea e Toni em pé ao lado do carro me esperando. Me aproximei e Toni veio logo e me abraçou.

- Ah, finalmente menina. Não dormi de preocupação com você.- Toni fala me abraçando mais apertado.

- Obrigada, por tudo mesmo.- eu falo me afastando olhando pra Toni e Sweet Pea.

- Agora vamos né. Você deve estar cansada.- Sweet Pea abre a porta do carro e leva a gente até em casa.

Durante o caminho ficamos no total silêncio, e eu desconfiei que tinha acontecido alguma coisa com Sweet Pea. Eu não perguntei pra não deixar o clima constranger Toni ou o próprio Sweet Pea. Quando chegamos na frente da nossa casa Toni fala:

- Eu vou indo, por que sei que vocês precisam conversar.- enquanto Toni bate à porta do carro eu só olho pra Sweet Pea que estava com a mão na testa e os olhos fechados, parecia estressado, e eu comecei a falar:

- O que aconteceu?

- Minha irmã tá doente, mas não posso ir vê-la. Quando entrei pros Serpentes, foi muito novinho, foi pra proteger minha família. Tinha um traficante, que eu trabalhava pra poder ajudar meus pais, mas meu pai não sabia de nada disso. Quando ele soube foi direto falar com esse traficante, e o cara ficou irritado com isso. No outro dia fui direto falar com esse cara, ele ameaçou matar todos da minha família se eu não parasse meu pai. Eu tentei conversar com ele, mas ele não me deu ouvidos, e um dos caras que trabalhavam pra ele, foram até minha casa e disseram que se eu não estivesse fora da cidade em 24 horas eles iriam matar todo mundo daquela casa. E meus pais moravam em um pensão, num bairro que esse cara era mandante. Eu vim pra Riverdale, o FP me encontrou e até hoje estou aqui.

- Meu Deus, por que não me contou antes? Mas quantos anos você tinha quando isso tudo aconteceu?- eu falo olhando diretamente nos olhos dele.

- Tinha 14 anos. Não posso nem pisar lá, eu e minha família conversamos por mensagens. Mas é só isso, minha irmã tá com pneumonia, logo ela fica bem sei que ela é forte.- ele diz tentando melhorar a expressão.

- Eu sei que você tá muito preocupado, e não tá bem, então eu não vou sair de perto de você enquanto isso tudo não estiver bem.- eu falo pegando na mão dele.

- Você tem que descansar. Mais tarde passo aqui pra te ver.

- Não mesmo! Vou com você. Vou pegar minhas coisas e já volto me espere aqui.- eu falo já com a mão na porta do carro.

- Sabe que não precisa.

- Eu tenho certeza que preciso sim. Me espera aqui, vou pegar minhas coisas e já volto.

Eu desço do carro, entrei direto na casa, hoje era um dia de aula mas eu não iria, quando entrei no quarto já peguei uma mochila pra colocar minhas roupas. Quando eu estava abrindo a porta do meu guarda-roupa, Toni aparece na porta.

- Eu imagino que não quer nem saber de aula hoje, to certa? - ela fala encostada na porta.

- Definitivamente.- Eu falo pegando algumas roupas aleatórias.- Mas, porque você não me contou isso Toni?

- Não cabia a mim falar disso. É a família dele Isa, não posso simplesmente falar da família dele pra você.

- É verdade, me desculpa, só preciso ir agora. Mas não sei o que fazer Toni, eu não consigo pensar que ele esteja tão triste assim.- eu digo com um jeito preocupado.

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