Porções de Paixões ✧

⌲ Jungkook

Vocês tem mais quatro dias para votar em como será a nova fanfic! Estou ansiosa ^^

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Pedido᠉ "Um sotfzinho, eles brigam e tem uma reconcilição"

User autor do pedido᠉ MaviPG

Parabéns atrasado, meu amor!

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   Estendi mais uma coberta sobre a cama de casal, suspirando por saber que eu estava sozinho naquela casa. As partes da briga ainda ecoavam em minha cabeça, mesmo já tendo completado mais de três semanas.

   Passei a mão sobre meus cabelos - ainda úmidos pelo banho recente - e fui até o banheiro, disposto a escovar os dentes e então tentar dormir por algumas horas. Assim que coloquei a pasta de dentes sobre a escova, o som dos sinos suaves anunciaram que alguém estava na porta.

   Deixei a escova sobre a pia e vesti o roupão azul marinho, saindo do quarto e indo até a porta da entrada principal. Olhei pelo olho mágico, franzido as sobrancelhas por ver ela ali.

— Por que tocou a campainha? Ainda tem as chaves— falei depois que abri a porta, mas não conseguia olhar em seus olhos.

— Não queria chegar do nada— sorriu fracamente.— Você já ia dormir? Eu posso voltar outra hora para conversarmos.

— Não, pode entrar— lhe dei espaço.— Acho que já está mais que na hora da gente conversar—  disse sem graça, trancando a porta depois que ela entrou.

   Suas mãos com os dedos pequenos e gordinhos estavam dentro do bolso do moletom, os cabelos presos de uma forma desajeitada, e os olhos algumas olheiras sob eles, deixando claro que seus dias tem sido tão nublados quantos os meus.

— Você quer ir ao terraço? Acho que lá é um bom lugar para conversamos— sugeri.

   Sua concordância não teve som, foi apenas um aceno com a cabeça. Me aproximei pegando sua mão, deixando seus dedos juntos com os meus, indo até o pequeno elevador que havia no nosso apartamento.  

   Como morávamos no último andar, tínhamos entrado em concordância em pagar um pouco mais e ter o terraço do prédio somente para nós, então, o nosso apartamento tinha um pequeno elevador, que dava acesso exclusivo ao topo do edifício.

   O local tinha um ar bem rústico, com uma grande bougainville vermelha plantada no meio de tudo, pequenos vasos acoplados nas paredes feitas com paletes envernizados. Na parte coberta, um balanço de jardim em madeira polida, e sobre ele algumas almofadas brancas.

   A guiei até o balanço, me sentando em uma das pontas, e ela se sentou na outra. Nos viramos ficando de frente um para o outro, ela cruzou as pernas em um "X", já eu coloquei apenas uma das pernas dobradas sobre a madeira, enquanto a outra permaneceu em contato com o chão, nos dando impulso para balançar levemente.

   Passei os olhos por sua postura e expressão, ambos deixavam claro seu cansaço pelo trabalho no escritório. Sua mão continuou junto a minha, me dando a oportunidade de a acariciar com a ponta do polegar.

— Me perdoa?— sua voz baixa preencheu meus ouvidos.

— Eu perdoo, desde que você me perdoe também. Nós dois erramos.

   Seus lábios se entreabriram rapidamente, em um curto sorriso, seguido por mais um aceno de concordância.

— Você tem razão... E sendo assim, eu também perdoo você, Jungkook— sorriu, se aproximando um pouco mais.

   Endireitei minha maneira de sentar, dando espaço para que sua cabeça repousasse em uma das minhas coxas. Soltei seus cabelo com a mão livre, começando a mexer neles, sem deixar que minha mão soltasse a sua.

   Ficamos em silêncio por alguns minutos, apenas sentindo o vento frio que passeava pelo local tocar as partes expostas do nosso corpo, o que por muitas vezes causou arrepio nos dois. Sua respiração estava calma, me fazendo pensar que ela já tinha embalado em um sono gostoso com o carinho em sua cabeça.

— Você acha que vale a pena?— despertei dos pensamentos com sua pergunta.— Sabe, eu continuo amando você, mas temos brigado tanto nesses meses, quase todas as vezes sem um motivo sequer coerente. Vale a pena continuarmos nos machucando assim?

   Suspirei sentindo o peso dos fatos reais que saíram de sua boca, fatos que vaziam meu estômago revirar e revirar, não gostava nem de pensar na ideia de ficar longe dela permanentemente.

— Acho sim— me manifestei após mais um período de silêncio.— Eu reconheço que andamos sem tempo, estressados também, mas eu não quero que isso acabe com o nosso namoro. Eu tenho tantos planos para o futuro com você, e essa correria é coisa da idade, sabemos disso.

— Eu sei— mordeu o lábio inferior em nervosismo.— Então, iremos tentar novamente? Sabe que isso pode ser bom para nós, mas que também pode ser o nosso maior erro.

— Se o meu maior erro for me proporcionar mais tempo ao seu lado, jamais vou me arrepender— sorri, lhe dando um beijo sobre a testa.

   Um sorriso lindo apareceu em seus lábios, e ali, bem ali, eu vi esperança para nós dois.

— Certo, merecemos mais uma chance— apertou um pouco minha mão, levando sua outra mão até minha coxa, aonde senti um carinho, sem malícia, apenas uma maneira de demonstrar amor.

  Inclinei meu corpo sobre o seu, sentindo a maciez de seus lábios quanto finalmente voltaram a tocar nos meus. O beijo não teve um aprofundamento, foram apenas encostares de lábios, que serviram para eu ter a certeza de que tínhamos feito a escolha certa.

   Quando ar do ambiente se tornou mais pesado, resolvemos nos levantar e entrar em casa, antes que a chuva que está se formando resolvesse despencar. Me certifiquei de que todas as janelas estivessem fechadas antes de me deitar no lado esquerdo da cama.

   Assim que abracei sua cintura por baixo da blusa que cobria seu tronco, as gotas d'água começaram a se chocar contra os vidros da casa, o que fez com que aquele som relaxante se espalhasse por toda a casa.

   Beijei a pele exposta de sua nuca, a qual continha uma pequena e delicada tatuagem com uma frase em sua língua natal, desenhada com traços suaves e cursivos. Logo sua mão ficou sobre a minha - que estava sobre sua barriga por conta do abraço -.

— Eu te amo de mais— sussurrei próximo ao seu ouvido um pouco antes de adormecer.   

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13/08/2018

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