Capítulo dois

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! CAPÍTULO REVISADO !🌠

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! CAPÍTULO REVISADO !
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Jimin estava desesperado, prestes a ter uma crise de pânico pelo que havia acabado de acontecer. Tinha mesmo matado uma pessoa de modo tão... horrendo? Mas como? O que era aquilo? Aquela sensação... aquele sentimento poderoso, o calor intenso que corria por suas veias junto do sangue rapidamente bombeado por seu coração.

A taquicardia a mil, a respiração irregular. A marca ainda estava lá, seus olhos ainda brilhavam na escuridão de uma noite que parecia nunca ter fim. Não para Jimin, que acabara de cometer um crime sem sequer saber como.

Então, seguindo um instinto natural de sobrevivência, ele correu. Correu para longe daquele cadáver e daquela rua, correu para casa, no conforto de seu solitário lar, o único lugar no mundo que se sentia protegido, sem saber que sua amada segurança não passava de uma ilusão, uma piada de mal gosto, amarga.

E, no entanto, sequer teve a oportunidade de chegar lá, pois uma repentina onda de cansaço e dor atravessou sua cabeça em sintomas semelhantes à náuseas. Seus passos se tornaram mais pesados e cansativos, e infelizmente teve de parar a corrida para apoiar as mãos nos joelhos, enquanto soltava lufadas pesadas de ar.

Sua visão ficou turva outra vez e se tornou apenas um borrão, não conseguia distinguir uma casa da outra e foi então que deu-se conta de que estava perdido. Perdido, sozinho e com dor. Sem rumo, apenas desejando se sentar encolhido em um canto e chorar em meio a toda aquela confusão, uma confusão da qual não procurou, que não queria, jamais.

A pressão caindo, as pernas fraquejando e o corpo desfalecendo. Não soube explicar exatamente o que aconteceu, Jimin simplesmente foi ao chão, com os últimos resquícios de consciência se esvaindo até enfim apagar.

Poucas horas mais tarde, em um sono profundo e miserável de sonhos, Jimin foi acordado por uma forte queimação no pulso, como se alguém estivesse pressionando um ferro quente contra sua derme, a ponto de causar uma dor agonizante. Por pouco não gritou, aquela terrível sensação passou segundos depois de seu despertar.

Abrindo os olhos, atônito, tomado por uma letargia incomum, ele notou que ainda era noite. Devia ser madrugada, as noites em Marte costumavam ser longas.

Se levantou aos poucos, sentindo-se completamente dolorido por ter desmaiado e dormido por um tempo no chão duro e nada confortável. Ao menos ninguém deve ter passado por ali durante esse período, temia ser atacado novamente, e desta vez estaria indefeso e vulnerável.

Perdido.

Olhou a sua volta, retomando de fato sua consciência e, com ela, as memórias do recente acontecimento. O peso que sentiu ao perceber de fato que era um assassino, que matou alguém, que tirou uma vida deste mundo.

A culpa era sempre um sentimento desprezível, doloroso, pesava no fundo da sua subconsciência e, quando você menos espera, ela está lá novamente para perturbá-lo. Mesmo que, teoricamente, tenha agido em legítima defesa, isso não diminuía a gravidade do incidente.

Numbers · jikookWhere stories live. Discover now