Capítulo quinze

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Os olhos antes negros de Two ganharam uma coloração rosa tão forte, que beirava ao púrpura. Traços delicados da mesma cor espalharam-se por toda a extensão de seu pescoço. O desenho assemelhava-se a uma flor de mandala e Jimin percebeu o quanto sua marca era parecida com a dela, ao menos se comparada com os breves flashes de memória que tinha sobre os desenhos tatuados em sua pele.

— Meninos — virou-se para os dois jovens, oferecendo suas mãos à eles. — Segurem minhas mãos, não questionem, apenas segurem firme. As coisas vão ficar um pouquinho mais interessante aqui.

Zero segurou a mão da garota tranquilamente, como se já soubesse o que estava prestes a acontecer, e realmente sabia. Jimin, por outro lado, ficou um pouco receoso e até curioso ao tentar entender quais as intenções de Rose com aquilo.

— Não pense tanto, Jimin. Não é algo a se temer — tentou tranquilizá-lo.

Ele respirou fundo, encarando a mão enluvada estendida em sua direção, e tentou seguir os conselhos da garota. Não pense tanto. A ruiva sorriu agradecida assim que, mais confiante, Jimin segurou sua mão e entrelaçou seus dedos, levando-a a fazer o mesmo com Zero.

De repente, uma carga elétrica foi distribuída por suas falanges, rapidamente alcançando sua corrente sanguínea e espalhando-se até chegar no coração. O órgão passou a bater mais rápido do que seu cérebro era capaz de contar, e toda essa energia idêntica a adrenalina parecia vir diretamente de Two. Em seguida, sentiu cada célula de seu corpo desfazendo-se no vácuo, como se a matéria que o compunha estivesse deixando de existir.

Isso assustou Jimin, pois na mesma fração de segundos uma luz estupidamente forte refletiu em suas vistas e obrigou-o a apertar as pálpebras, enquanto suas células pareciam estar se reconstruindo em outro lugar. Ao abrir os olhos, procurou rapidamente por fôlego e por sua forma física, tocando-se no peito diversas vezes até confirmar que sim, estava inteiro ainda. Mais aliviado, pode então anotar mentalmente que esta foi, de longe, a experiência mais louca e arrepiante que tivera.

— Caramba, o que foi isso? — diz, com a voz um tanto falha.

— Olhe ao seu redor, Jimin — Rose alertou, risonha.

Foi então que notou: aquele com certeza não era o mesmo local onde estavam há minutos atrás. Entretanto, como diabos isto era possível?

— O que..?

— Teletransporte — explicou sorrindo.

— Essa é sua habilidade? Que incrível! — exclamou maravilhado, finalmente entendendo o que acabara de acontecer. — Mas, espera... se você tinha esse poder o tempo todo, por que continuamos indo atrás da pedra desse jeito? — gesticulou. — Não seria mais fácil apenas se teletransportar de um fragmento a outro até encontrar a opala negra?

Numbers · jikookWhere stories live. Discover now