Capítulo 118: Perdão

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Oii, xuxus! Como vão?

Bom, acho que já devem suspeitar sobre o que acontecerá hoje, né?

Boa leitura!

***

— Será que... o Mateus e o Yan sabem disso?

— Provavelmente... Não ouviu o que o Mateus falou? Sobre "ouvir os pecados dos cidadãos"?

— Ouvi, mas... Eu não imaginei que tinha algo por trás.

— Pois é.

— E você nem pensa em ouvir o que ele tem pra dizer? — Me sentei reta, de frente para ele.

Bebê hesitou. — Parte de mim, sim, porque sou curioso e queria muito saber quais as desculpas dele, mas a outra parte, não, porque a raiva é grande.

Olhei para as minhas mãos em meu colo, começando a cutucar minhas cutículas sem nem perceber enquanto pensava. Deve ter sido difícil... Mas eu realmente queria que eles conseguissem se resolver...

— O que essa cabecinha tá matutando? — Bernardo se inclinou, apoiando o cotovelo na perna e me encarando de perto.

— Você não acha que seria melhor se vocês conversassem...?

— Pra quê? Não faz diferença o que ele vai dizer.

— E como você sabe? Talvez ele...

— Por que você tá defendendo ele? Como uma boa amiga seu papel é tomar a minha raiva — disse como se fosse óbvio.

— Eu não tô defendendo ele. Eu só acho que seria melhor se vocês se resolvessem. Não tô dizendo pra voltarem a ser amigos nem nada. Eu queria que... você não tivesse tantas memórias ruins, eu queria conseguir fazer elas sumirem de alguma forma — soltei sem pensar, o que não fez muito sentido.

Bernardo analisou meu rosto e deu um pequeno sorriso. — Eu não te mereço mesmo.

— Para. — Revirei os olhos. — Eu tô falando sério.

— E eu também. — O encarei de forma séria, e ele sorriu de novo. — Por que você acha que eu deveria ouvir o que ele tem a dizer? — perguntou com o tom de voz mais suave.

— Porque... é bem provável que ele tenha se arrependido. E não acho que ele tentaria falar com você se não estivesse... Ele vai ficar longe dos dois melhores amigos... acho que ele quer tentar resolver tudo o que tem pra resolver.

— Ah, claro. Ele vai perder os dois melhores amigos. Agora ele tá sentindo o que eu senti. A culpa deve ter batido forte, depois de tanto tempo.

Suspirei, sem saber mais o que falar.

Ele segurou minhas mãos de repente, e o olhei. — Você acha mesmo que eu devo ouvir ele?

— Acho... Seria um problema a menos pra você, não seria?

— Não sei. E se eu fizer isso e tiver mais problemas?

— Não acho que teria.

Bebê soltou uma lufada de ar pela boca, olhando para cima. — Tá.

— Tá? Você vai...

— Vou, vou ouvir o que ele tem a dizer. Tá feliz? — Me encarou, carrancudo.

Abri um sorriso. — Sim, eu tô. Então... posso ir procurar ele?

Ele fez um bico de má vontade. — Pode.

Levantei, animada, mas ele me segurou no lugar.

— É pra você ficar aqui, ouviu?

— Ficar aqui e ouvir ele falando?

Saint Peter: A Escola dos Mimimis Amorosos (Vol.2)Onde histórias criam vida. Descubra agora