Capítulo 156 - Desanimados

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Olá, pessoinhas!

Já estão de férias? De boa na lagoa?

Vamos descobrir o porquê o Bebê está pensativo.

Boa leitura!

***

Esperei Bernardo falar, ele não parecia muito bem, e eu não queria pressioná-lo. Ele encarava a mesa, pensativo.

— Não tem nada a ver com a apresentação em si. Achei bem legal que o Carlos quis me apresentar pra mãe dele. Ela foi muito carinhosa, ficou feliz em me conhecer... Conversamos bastante, depois eu e o Carlos fomos assistir um filme no quarto dele e no meio do negócio eu percebi que... Eu gosto dele.

Fiquei sem entender e franzi o cenho. — Claro que você gosta dele, senão não teria ido lá.

— Não, você não entendeu. Eu GOSTO dele. De verdade. — Me olhou, aflito. — Eu nunca gostei de alguém assim, desse jeito. Eu nunca senti as mãos geladas por alguém, nunca fiquei ansioso por estar com alguém.

— Ok, entendi, mas qual o problema nisso? Vocês estão juntos...

— O problema... — começou e parou de falar abruptamente. Parou uns segundos, pensando, e passou as mãos no rosto. — Eu tenho medo de... acabar quebrando a cara. Não por desconfiança ou algo assim, mas pelo futuro. Uma hora nós vamos nos formar e voltar pra Mogi. Eu não vou ver ele mais com essa frequência, e nunca soube de um relacionamento à distância que deu certo. Eu... não quero...

Ah, agora eu entendi. Ele tinha medo de tudo acabar por causa da distância e se magoar... Eu também tinha esse medo, no fundo.

— Você falou com ele sobre isso?

— Não. Ele vai me achar um idiota.

— Por que acharia?

— Porque mal começamos a ficar.

— Mas vocês estão ficando desde março, como isso é pouco tempo?

— Ficando — evidenciou a palavra.

— Mesmo assim, vocês não estão ficando com outras pessoas, o Carlos te apresentou a mãe dele... Não acho que ainda seja só uma "ficada".

— Eu sei que não é, e eu também fico pensando nisso. Estamos... ficando sério. É praticamente um namoro, só não teve um pedido oficial. Eu tô me afundando cada vez mais no que sinto e às vezes tenho vontade de parar antes que piore, porque sei que pode dar errado depois.

Fiquei um tempo em silêncio, sem saber o que dizer, pensando em como ajudar de alguma forma.

— Você acha que... o Carlos também gosta de você? Gosta mesmo?

— Acho.

— Então... não acho que ele deixaria tudo acabar. Se ele gosta de você, com certeza faria de tudo pra que vocês continuassem juntos, assim como você também faria. Sabe, você sempre me diz pra ser sincera e sempre conversar sobre o que me incomoda... Você deveria falar com ele. Vai que ele também pensa nisso.

Bebê suspirou. — Talvez... — Se endireitou na cadeira, erguendo os ombros. — E como foi lá com o Yan?

Abri um sorriso inconsciente, ficando corada. — Foi muito legal.

Ele riu. — Tô vendo.

— A mãe dele é uma peça. Super engraçada, toda alto astral. Ela é muito fofa...

Continuei a tagarelice, já que ele parecia bem interessado em saber tudo. Fomos pegar a janta, quando foi liberada, e ficamos até depois de comer conversando. Foi difícil sair para o frio do jardim, então corremos para nossos dormitórios. Subi os degraus quase dando pulinhos, sabendo o que me esperava na cama.

Saint Peter: A Escola dos Mimimis Amorosos (Vol.2)Onde histórias criam vida. Descubra agora