Soul Criminal: Red- Vol. I [CONCLUÍDA]

Capítulo 8: Teorias

No início eu estava pendurada no braço de JinHwan, por estar nervosa e por conseguinte, com a perna trêmula. Mas depois, Tzuyu me mandou conversar com Seulgi, e ela é muito receptiva. Conversei bastante com ela, até agora tudo está correndo bem. Observei o local, as pessoas, e tentei memorizar mais rostos possíveis. Além de tudo, eu tinha que agir como uma mulher compromissada, com JinHwan.

-Vamos beber alguma coisa, querido?

Ele estava de costas conversando com outros rapazes, virou o rosto para mim com uma careta, claramente por eu tê-lo chamado de querido, então pisquei o olho numa tentativa de fazê-lo entender que é parte do plano.
Ele apenas balançou um pouco a cabeça e sorriu para os rapazes.

-Até que você tem um sorriso lindo, devia usá-lo mais vezes.

Novamente, sem reação. Fomos passar em meio as pessoas e eu tropecei no vestido de outra mulher. Minha primeira ação foi tentar fazer parecer que aquilo era normal. Segurei na nuca de JinHwan e em seu braço. Ele, colocou a mão na minha cintura e a outra no meu braço.

-Olha por onde anda!-ele disse, tentando manter a postura.

Eu ficaria brava se ele não estivesse sorrindo por causa do meu tropeço.

-Está rindo de mim?

Logo, ele fechou a cara mais uma vez e tornou a me olhar sério.

-Você fica nervosa com tudo, anda direito.

Me recomponho e seguro em seu braço novamente.

-Andem até o frigobar, do lado direito do salão.

Obedecemos Tzuyu e fomos até lá.

-Agora, vocês estão perto de uma entrada para a mansão. JinHwan você vai ficar exatamente aí e Lisa, você vai andar pela mansão. Ande reto, e vire a esquerda.

Olho para JinHwan, e ele me oferece um drink antes de partir.

-Toma logo.

Meio receosa, peguei o pequeno copo e virei. O líquido desceu queimando, me fez fazer uma careta horrível.

Comecei a caminhar, e o som do baile foi diminuindo.

-Tzuyu eu acho que essas paredes são à prova de som. Ainda estou próxima da festa e não estou ouvindo nada.

Digo e viro à esquerda.

-E agora?

-Continua andando.

-Como você sabe para onde eu tenho que ir?

-Não sei, estou chutando.

-O que? E se me virem? Você não sabe por onde eu vou sair?

-Relaxa, só anda.

Eu parecia uma doida falando sozinha no meio de um corredor vazio.
Continuei andando por ele, vendo diversas portas, todas fechadas.
Encontrei uma escada, e subi os degraus devagar.

No topo, haviam mais portas.
Abri uma a uma. Um era um quarto amplo, decorado e cheio de computadores.
A outra porta dava para uma biblioteca enorme, suas prateleiras iam até lá em cima, e aqui em baixo, sofás luxuosos, uma mesa maravilhosa e uma decoração surpreendente.

Fechei a porta e continuei. Na outra, havia alguém.
Gelei na hora, e fiquei parada, ouvindo.

-Já pegaram a carga? A Polícia está na rota 7 que marcamos, vocês podem vir tranquilamente pela normal do oeste. O incêndio já foi apagado, então os bombeiros passarão aí em oito minutos, vocês tem que ser rápidos e cuidadosos, essa carga vale milhões.