Capítulo 18: Euphoria

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É inevitável dizer que algo aconteceu desde o momento em que coloquei meus olhos nela.

Desde que a vi naquele vestido branco, eu tive, pela primeira vez, a noção de que o demônio existe e enviou a sua melhor obra para virar meu mundo de cabeça para baixo.

Seus olhos são diferentes de todos que já tive o prazer de ver, e seu jeito ambicioso, tentador e de certa forma, poderoso, me causavam a sensação de adrenalina apenas por estar ao seu lado. Ela cheira a pecado, não como uma mulher normal, mas como a única Manoban em Atlanta, ou seja, tenho em minhas mãos uma joia disputada.

Não ousarei que a usem em qualquer pescoço.

O momento em que percebi o seu talento perverso de me fazer perder os sentidos, foi, com toda a certeza, a noite da abertura de mais uma das minhas boates, onde ela abusou de mim sem esforço algum, apenas fazendo uso da sua essência.

Eu a via de forma perfeita, como uma sereia naquele mar de gente, com as luzes tocando sua pele da forma que eu gostaria de fazer. Ela roçava aquela taça com aqueles lábios perfeitos, da forma que eu gostaria de fazer.

Aquela roupa estava colada em seu corpo, da forma que eu gostaria de fazer.

Pedi para que Wonho trouxesse ela e suas asas, no caso, suas amigas, até a área vip. Eu me sentia num reinado onde eu disputava apenas mais um território, mas eu sabia que era bem mais que isso. Ela era nova na cidade, disso eu já sabia, tenho nomes e informações do fluxo de entrada e saída da cidade, mas sei que outros também têm a consciência de que ela está aqui, então preciso garanti-la para mim o quanto antes.

-Boa noite, sejam bem-vindas.

-Obrigada, Senhor Jeon.

Seus olhos pareciam carregados, prontos para me metralhar da melhor forma. Oh céus, ela não existe.

-Então, o que traz três lindas mulheres à essa boate?

-Apenas diversão, Senhor Jungkook.

Pode soar estranho, mas, o que mais me excita é uma mulher que tenha postura firme, e isso ela têm se sobra. Por mais que eu soubesse os motivos dela ter vindo para Atlanta, me interessava o modo como ela tentava manter uma identidade intocável.
Era atraente e divertido a maneira de como ela brincava com as palavras, por vezes, deixando evidente que tomava cuidado para não sair da personagem que criou assim que colocou os pés aqui. Talvez, eu devesse entrar no jogo dela, quero ver até onde ela aguenta comigo.

-Tragam drinks para as moças. Venham, sentem-se conosco.

-Eu quero agradecer pelo convite, mas nós preferimos continuar na pista.

Passei a língua no lábio e em seguida, não me contive. Sua roupa parecia embrulhá-la para presentar os mais poderosos deuses. Preciso ver mais de perto.

-Por que está nervosa? É só um drink, vamos, se sente.

A puxei para perto e a fiz sentar-se em meu colo, de maneira que eu podia sentir um calor se formar em segundos apenas com essa proximidade.

-Me lembro de você. Como poderia esquecer esse rosto, e essas pernas tentadoras, por que as escondeu naquele vestido enorme?

O controle já me dizia adeus, me deixando com uma perversidade além da conta. Apertei suas coxas, num ato de impulso, e tive a certeza de que ela era real mas que havia sido esculpida minuciosamente. Passei minha mão por suas costas e toquei em seus cabelos. Onde você esteve esse tempo todo?

Soul Criminal: Red- Vol. I [CONCLUÍDA]Where stories live. Discover now