Capítulo 53 - Embora para Minas?

1.3K 60 3
                                    

nossa que olhos lindos e que boca pequena e desenhada é essa?, caraca que gracinha, dei um sorriso com este pensamento e ele desviou o olhar olhando para a frente, então comecei a analisar seu perfil, cabelo liso e loiro, com corte social, olhos azuis lindos e sobrancelhas bonitas e de cor castanho claro como o cabelo, nariz fofo, boca pequena e linda que dá vontade de beijar com carinho e morder, a blusa branca tava a entender que tinha um bom físico, o braço era forte, tanto a impressão que malha mas não demais, a blusa vai um pouco á baixo da virilha e a calça jeans deixa transparecer que tem coxas grossas, estou analisando tanto que sinto o caderno da Jovania bater em minha perna onde saiu de meu transe e pelo susto e a pancada pois doeu , acabou levando a mão a coxa direita e sem pensar olho para ela e falo um pouco, - Porra Jô, dueu, nisso a professora ouve e claro, me recrimina, dizendo, -Leyla, que linguajar é este ?, peço desculpas e vejo o rapaz novo me olhar de cara fechada, me parece que ele não gostou, mas estou nem aí. olho para a Jovania e as meninas atrás dela que estão rindo, vacas, penso e suspiro , volto a olhar para a frente onde a diretora conversa com a professora e logo após a professora pede que o rapaz se sente na terceira cadeira da segunda fileira , nossa sala tem  cinco fileiras com cinco cadeiras cada, eu estou na quinta fileira na primeira cadeira, Jovania está na quarta fileira que fica ao meu lado direito na primeira cadeira e a Bruna senta atrás da Jovania, a Giovana senta atrás da Bruna e a Abenúvia senta atrás de mim.

A diretora agradece e sai, a professora diz que iremos continuar com a aula e se vira para o quadro, olho para a cadeira de aluno novo e ele está colocando uma mochila preta em cima da cadeira e a abrindo, resolvo focar na aula e deixar o rapaz novo e gatinho para lá, por enquanto. 

comecei a me irritar pois estava olhando para o rapaz novo , como se algo me forçasse o olhar para lá, mas em nenhum momento eu o vi olhando para mim, a não ser na hora que entrou e acho que isso me irritou, mas era só eu focar na louça ou no caderno para escrever algo que sentia como se me olhasse e a vontade de olhar para trás vinha e a vontade era sempre de olhar para o rapaz novo que infelizmente não ouvi a diretora dizer o nome pois com certeza ela falou mais como sempre eu estava viajando no corpo do cara novo. Já estava ficando frustrada mas suspirei aliviada quando ouvi o sinal do recreio tocar, fechei meu caderno e guardei o resto do material no estojo e me levantei, esperei as meninas para descermos juntas, nisso olhei para o rapaz novo e ele estava sentado guardando todo o material na mochila então ele se levantou coma mochila e uma das meninas dize ao rapaz novo que não precisava levar o material que era o recreio e ele olhou para ela e depois para toda a sala e agradeceu e foi saindo, as minhas amigas terminaram de pegar as suas coisas e estavam ao meu lado e saímos logo após o rapaz novo, na descida da escada a Bruna se lembrou do seu celular e eu  me lembrei que trouxe o meu também para aprender a mexer nele, eu disse que iria com a Bruna e voltamos a sala, Bruna pegou o seu celular e eu pequei o meu e mostrei para ela e perguntei se ela poderia me ajudar e descobrir o número e tudo mais sobre o celular que Marcos me deu, ela falou um monte de coisas boas do celular e fomos descendo, ficamos o recreio todo mexendo no celular, descobri o número e que ele tinha crédito pois liguei para o celular da Bruna e salvei os números de minhas amigas, até o telefone residencial da Jovania dava para ligar , a Jovania me pediu para ligar para ela á tarde e eu falei que iria ligar sim.

subimos para a sala onde guardei o celular e tentei prestar a atenção na aula, consegui me controlar e olhar menos para o aluno novo, fiquei tão envolvida em aprender a mexer no celular que ganhei de Marcos que nem me lembrei de perguntar as minhas amigas o nome do aluno novo.

As aulas acabaram e fui para casa, liguei um monde de vezes para a casa da Jovania mas ela não atendeu, anoiteceu e tive que desligar o celular pois iria falar do celular na segunda-feira para minha avó, fui dormir preocupada com a Jô, pois ela era minha melhor amiga.

Na sexta-feira tinha aula de ginástica então fui com a roupa que ganhei da minha tia e nunca fui mas amo e como já sai muito com ela resolvi usar nas aulas de ginástica agora,é uma bermuda preta de bolso com glitter atrás e blusa regada colada que não precisa de sutiã , me olhei no espelho e amei, limpei meu tênis e coloquei a blusa da escola por cima.a sensação de ser observada estava presente o tempo todo até a escola, depois de terça-feira eu não tinha mais passado pela rua da árvore, fui pela principal junto com os demais alunos, chequei na escola e fui procurar minhas amigas, encontrei a Bruna e a Abenúvia, logo depois a Giovana e o sinal tocou, começamos a subir as escadas e perguntei para elas sobre a Jô mas elas não sabiam, quando entramos na sala a Jovania está na sua cadeira sentada de cabeça baixa, fui até ela e me abaixei olhando seus olhos vermelhos e inchados então a perguntei o por quê que ela não nos esperou para subirmos todas juntas , ela me olhou e disse que queria ficar sozinha, nisso a professora chegou e pediu silêncio e que todos se sentassem , fui para meu lugar super preocupada com a Jô,as 3 aulas demorando uma eternidade para tocar o sinal, mas graças a Deus o sinal do recreio tocou e guardei meu material e fiquei olhando a Jô, ela fechou seu caderno e ficou de cabeça baixa em silêncio e todas nos 4 ( Giovana, Bruna, Abenúvia e eu), ficamos em silêncio esperando todos sairam da sala,percebi que na quarta fileira perto da primeira cadeira alguém parou então levantei meus olhos que já estavam marejados pelas lágrimas que eu sei que iria derramar e vi o rapaz novo nos olhando mas que logo que viu que eu o olhava se retirou da sala, quando todos já tinham saído, peguei minha cadeira e me sentei ao lado da Jovania,   nisso vi as lágrimas rolarem por seu rosto e cair no caderno,a puxei para um abraço e disse, fala Jô, pode falar. Jovania começou a soluçar e disse com dificuldade entre soluços que iria embora para Minas Gerais, eu tirei seu rosto de meus braços e olhei para ela e disse.

-Embora para Minas? 

Menina? que nada, pura safadezaWhere stories live. Discover now