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• Ruggero Pasquarelli •
Karol: eu escolho o Agus.
Agus: verdade.
Karol: bom... - parei pra pensar na resposta. - não sei o que perguntar. - o Mike se aproximou dela falando algo no ouvido da mesma e ela começou a rir. - pesado Mike.
Agus: não deveria ter ajuda...
Karol: é verdade que vc já pegou uma menina no colégio e quando encontraram vcs juntos vc fingiu que desmaiou só pra não levar bronca? - me segurei pra não rir.
Agus: é verdade. - não me aguentei e cai na gargalhada. Eu me lembro desse dia, a menina que ele estava beijando saiu correndo até a sala me procurando dizendo o que tinha acontecido. - eu escolho o Ruggero. - paro de rir na hora.
Valu; não vale mais verdade! - revirei os olhos.
Rugge: desafio.
Agus: te desafío a pular na piscina.
Karol: mas está muito frio Agus. - disse preocupada me olhando mas ele não liga.
Rugge: ta, eu pulo. - disse me levantando. Entreguei meu celular a Karol, o relogio, meu casaco e tirei minha blusa entregando a ela, e eu percebi que ela me olhou bem.
Jorge: 1, 2, 3 e já! - pulei logo. O gelado da água veio a tona no meu corpo que estava quente. Sai da piscina tremendo de frio e quando encontrei o olhar dela era de preocupação.

Karol: vem! - ela pegou minha mão e o toque dela fez com que eu não ficasse com frio.
Rugge: aonde estamos indo?
Karol; vc vai tomar um banho quente e ficar quietinho.
Rugge: está parecendo minha mãe! - entramos no elevador. - obrigado. - disse depois de alguns minutos a olhando.
Karol; pelo o que?
Rugge: por estar se preocupando comigo. - ela sorri. - eu queria te abraçar, mas estou molhado. - ela ri e vem me abraçar. O abraço dela faz com que eu não sinta mais frio nenhum. Quando ela se afasta da pra perceber que está um pouco molhada mas ela não liga e eu acabo sorrindo.

Entramos na casa dela e que casa, é linda, parece que cada coisa foi desenhado para estar lá. Fomos direto ao quarto dela e não pude deixar de perceber um porta retrato com uma foto nossa quando tiramos no dia do mc donalds na comoda dela ao lado do porta retrato com a Valu. Peguei o porta retrato e fiquei observando cada detalhe. Nessa foto estávamos com batata frita parecendo nosso bigode e estávamos fazendo um biquinho. O meu pai tinha tirado essa foto e eu confesso que é uma das minhas favoritas.

Karol: toma. - disse entrando novamente no quarto dela com uma toalha preta em mãos.
Rugge: obrigado. - coloquei de volta o porta retrato no lugar e peguei a toalha na mão dela.
Karol: tem um sabonete na segunda gaveta ao lado esquerdo. - assenti e sorri.

Tomei um banho rápido com a água quentinha e merda, esqueci minha roupa no quarto dela, sai enrolado na toalha e ela não estava no quarto, graças a deus. Coloco um moletom que estava em cima da cama, parecia ser pra mim, mas uma dúvida grande chega à tona. De quem será essa calça, não parece sr neném um pouco dela, e a mesma não tem irmãos. Sequei meu cabelo e pendurei a toalha no box do banheiro, voltando pro quarto dela e me sentando na cama macia de casal da mesma. Quando olho pro lado ela está com uma blusa branca com um unicórnio enorme no meio e um short branco cheio de estrelas azuis esverdeados. Sorri ao ver a cena.

Karol: mas notícias.
Rugge: o que aconteceu?
Karol: Mike e os meninos foram embora com seu carro. - a olhei incrédulo. - Liguei pro Mike e ele disse que foi deixar a Valu em casa porque a mãe dela já tinha ligado.
Rugge: mas eles vão vir me buscar depois?
Karol: provavelmente não.
Rugge: que porra! - como que vou dormir na casa da filha do melhor amigo do meu pai? imagine o que meus pais vão falar. - me empresta seu celular? tenho que pedir um táxi.
Karol: Rugge, são 00h30, é muito perigoso vc sair a essa hora, não prefere dormir aqui?
Rugge: não quero incomodar.
Karol: vc não vai! Pelo contrário, realmente eu não gosto de ficar em casa sozinha pela noite, acabo tendo maus pressentimentos e não consigo dormir.
Rugge; tudo bem, eu fico. Mas como fazemos amanhã?
Karol; eu posso pedir pro meu motorista te deixar em casa. Eu vou ter que sair cedo por causa do meu trabalho. - eu assinto. - vcs pode dormir ai no meu quarto.
Rugge: e aonde vc vai dormir?
Karol: no quarto da minha irmã. É aqui ao lado. - eu assinto sem saber o que dizer. - quer alguma coisa?
Rugge: onde fica a cozinha?
Karol: com fome a essa hora? - ri negando.
Rugge: só quero um pouco de água, é um costume, não consigo dormir sem um copo de água gelado ao meu lado. As vezes eu nem bebo nada mas o copo precisa estar ali.
Karol: sei como é, isso acontece comigo toda a noite. - ela vai até a porta. - vem. - a sigo indo direto a cozinha. Ela liga a luz e abre um armário na parte de cima com vários copos diferentes para uma certa ocasião. Ela pega dois copos de plásticos, um azul e outro verde, e os enche até a boca. Eu a observava atentamente, a cada movimento que ela fazia.

Karol: aqui está! - ela me entregou o copo verde e eu agradeci dando um gole logo depois. - eu acho que tem uma escova extra aqui também pra vc. - ela deixou o copo em cima da mesa e foi para a parte de lavanderia voltando logo depois com uma escova branca ainda na embalagem. - foi a única que achei.
Rugge: serve! muito obrigado. - ela assente e sorri. - mais uma coisa, na verdade é uma pergunta. - ela se senta ao meu lado. - de quem é essa calça moletom?
Karol: é do meu primo. Ele vem aqui de vez em quando porque sempre esta viajando, e pra não trazer muitas coisas ele deixa já a roupa de dormir dele. - assenti. - então vamos dormir?
Rugge: vamos. - vamos pro quarto dela, escovamos os dentes e quando terminamos por impulso acabo dando um selinho nela. - boa noite! - ela sorri e me da outro selinho.
Karol: boa noite. - sorrio e ela liga o ar saindo do quarto logo depois.

Un Destino / Ruggarol • concluido •Onde histórias criam vida. Descubra agora