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Índio: Perdeu total a postura.- Fechei os olhos e clamei por paciência.

Lua: Acho que comi ela, eu estava com fome.- Falei olhando pro meu celular bloqueado, esperando a ligação da minha mãe, ao menos isso.

Índio: Qual teu problema? Nós já conversou mil vezes sobre a mesma parada.

Lua: Victor, quer saber o que eu sinto mesmo? - Falei irritada virando pra ele.- Então, vou explicar!! Quando a gente começa a namorar, algumas atitude a que a gente tinha antes, solteiros, não dá pra encaixar no relacionamento, tá legal!? Tô cansada de falar isso, não te entendo mesmo!

Índio: Esses dias a gente só briga.- mudou o assunto.

Lua: É verdade, talvez pq eu te peço as coisas e você faz ao contrário, sabendo que vai me magoar! - Falei alto.

Eu não me importava com geral da praça olhando.

Ele me empurrou pra um canto mais escuro e me prendeu na parede segurando meu braço.

Lua: Vai me bater?? - Empurrei ele.- Me deixa quieta, eu não quero brigar mais com ninguém. Não vou passar ano novo mal por ninguém.

Índio: O problema é que nós é intenso, cara! Tudo com a gente é demais pô, é impossível controlar.- Falou passando a mão no rosto.

Olhei pro meu celular que ainda não tinha nenhum sinal de ligação da minha mãe, já eram quase duas da manhã.

Meu peito apertou, pq ela tava fazendo isso comigo?

E ainda bloqueou a minha chamada pra ela.

Eu tava malzona com isso, Victor olhava pra parede enquanto eu segurava o choro.

Abracei ele com toda minha força e deixei o nó na minha garganta se desfazer.

Índio: Que foi? Quem tá doendo? Eu tô errado, você tá certa, amor.- Falou rápido me olhando.- Você tá certa, desculpa. Não precisa chorar.

Lua: Minha mãe não falou comigo.- Ele me abraçou mais forte.

Índio: Por minha culpa.- Beijou a lateral da minha cabeça.

Mesmo que eu não me importo com isso, o senso ele teve.

As vezes faltava.

Índio: E eu sou egoísta demais pra dizer que quero terminar, pra vocês voltarem o papo.- Me afastei um pouco e ele passou a mão no meu rosto limpando as lágrimas.

Lua: Eu só queria a voz dela, Victor.- Falei manhosa.

Índio: Eu te amo pra todo sempre.- Falou segurando meu rosto com firmeza.- Sei que não é a mesma coisa nem chega perto, mas enquanto eu existir, eu quero que exista um nós. Você me faz um benzão, mesmo sendo a maluca, mas já te falei que não me importo de apanhar de você? Me maltrata, eu deixo. Só não sai do meu lado.

Lua: Obrigada!! Eu amo você muito.- Dei um beijo lento nele.

Índio: Você poderia ir lá e falar que a gente terminou, eu me importo de passar uns dias longe de você, mas se vai te fazer bem, eu engulo.- Sorri.

Lua: O problema não é isso, se fosse eu já estaria lá faz tempo.- Dei os ombros e respirei fundo.- Se eu for, ela vai querer que eu fiquei até fevereiro, ou até meu curso começar.

Índio: Desculpa não conseguir abrir mão de tu.- Jogou a cabeça pra trás negando.

Lua: Vocês me completam, tá tudo bem.

Índio: Vocês quem?

Lua: Você e meus outros namorados né, Victor!! Ainda acha que é único, corno é fodaaaa! - Falei fazendo ambos sorriram e ele me apertar.

Guardei meu celular e fui tentar viver um pouco com meus amigos e meu homem.

...

No MorroWhere stories live. Discover now