No Morro

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Laranjinha 🍊

Eu não sabia o que estava acontecendo com a minha Belly, na moral!

Sempre dei tudo a minha vida, amor, carinho e atenção ao máximo.

Eu e Marina sempre se esforçando pra não deixar ela ficar triste por qualquer coisa, sempre juntos, nós três!

Nunca fiz nada por mau dela, só que do nada ela mudou.

Poucos segundos ela fica do meu lado, com medo, não sei porra, não sei.

Lua veio me perguntar sobre, eu falei na pureza mesmo, não tinha o que esconder.

Belly: Para com isso, guarda! - Ouvi ela gritando e correndo pro lado da Lua.

Olhei pro neguinho e já fui peitando ele.

Laranjinha: Tu tá fazendo o que com a minha filha, rapaz? - Ele levantou as mãos em rendição.

Neguinho: Ela veio me perguntar pq eu tava com o fuzil nas costas pô, eu só respondi e mostrei a pistola a ela, ela ficou toda maluca assim! Fiz nada, sabe que ela é minha futura namorada..

Olhei pra ela que tava encolhida e agachei perto dela.

Laranjinha: Fala pro papai filha, o que foi? - Passei a mão nos cabelos dela.

Ela apontou pra minha cintura e eu levantei a blusa, assim que ela vou a glock, virou o rosto ainda abraçada na perna da Lua.

Laranjinha: Vamo conversar.- Tirei a pistola da cintura.- Ô índio, faz a fé aqui, guarda aí.

Ele pegou e ela me olhou.

Isa: Levanta a blusa.- Mandou.

Laranjinha: Não tem mais arma não pô.- mostrei a ela.- Fé?

Isa: Fé! - Confirmou.

Sorri e peguei ela no colo, sentei no banco com ela e ela me olhou.

Laranjinha: Pq você tá com medo de mim? Eu nunca te fiz nada, piranha mirim.- Ela olhou pro chão, calada.- Fala, olha..

Tirei 50 conto da carteira e ela me olhou.

Interesseira.

Isa: Eu vi o senhor machucando o moço.- Falou baixo, baixando o olhar de novo.- Com aquela coisa da sua cintura.

Laranjinha: Mas é meu trabalho, filha.

Isa: Eu sonhei que você me machucava também.

Laranjinha: Você tá assim comigo por causa de um sonho? Você não é vidente, Isabelly! - Ela riu.- Eu nunca vou falar mal a você pô, tu é minha filhona, minha aprendiz. Tu tá maluca?

Isa: De dedinho?

Laranjinha: Viadagem, Isabelly! - Resmunguei.

Isa: Então me dá meu dinheiro.- Pegou os 50.

Laranjinha: Te amo, gata! Eu nunca foi te machucar não, maluca. Desculpa pelo que tu viu, não conta a tua mãe.

Isa: Mais cinquenta então.- Pediu.

Ordinária, aproveitadora.