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Lua 🌙

Enquanto o Leozin dormia, índio tinha ido resolver as coisas de hoje de manhã e Kauã tava trancado no quarto, fui fazer a faxina.

Já tinha arrumado a sala e os quartos lá encima, só faltava o do Kauã.

Bati na porta antes de entrar e por mais difícil que seja pra mim, fechei a cara pra ele.

Lua: Você pode sair pra eu limpar teu quarto? - Falei seca.

Kauã: Lua, eu...- Foi falar.

Lua: Eu limpo depois.- Respirei fundo e fechei a porta.

Após ver como o Leonardo tava, na minha cama com o Victor, desci novamente pra arrumar a cozinha.

Kauã: Me escuta véi.- Falou atrás de mim.

Lua: O que foi, Kauã? - Falei sem olhar pra ele.

Kauã: Tô arrependido, tendeu? Sei que fiz merda, reconheço meus erros.- Falou sentando na cadeira da cozinha e eu lavava os pratos.- Desculpa por te falar o que eu falei, eu sei mais que geral que tu não é interesseira. Me perdoa vai, me ajuda aí.

Lua: É uma pena pq mesmo essas desculpas sendo sinceras não vai mudar em nada. Nada dito, ou feito, irá se desfazer.

Kauã: Tô ligado, mas eu preciso concertar uê. Começando por você que é a mais especial e importante.- Jogou sujo.

Fiquei calada enquanto lavava os pratos sem falar mais nada, só ouvindo a risada dele.

Kauã: Eu preciso da tu ajuda pra melhor, vai.- Insistiu.

Lua: Você vai assumir o tráfico daqui? - Perguntei e milésimos depois a porta foi aberta.

Kauã: Sim, eu sempre quis e pá.- Falou certo disso.

Índio apareceu na cozinha, não olhou pro Kauã, veio na minha direção e me abraçou por trás beijando minha bochecha.

Lua: Não tá vendo seu filho aí não? Fala com ele.- Falei e ele me soltou.

Índio: Não.- Falou igual uma criança mimada.

Lua: Eu não tô pedindo, tô mandando.- Falei firme.- Quero os dois, naquele sofá ali, conversando.

Índio: Eu sou obrigado? - Falou brincando comigo.

Lua: Não sei, mas lembra daquela calça jeans lá, com 10 botões que eu comprei, acho bastante confortável pra dormir.- Sorri falsamente.

Índio: Bora, Kauã.- Falou sério.

Kauã soltou uma risada e ele me virou pra ele e me abraçou.

Exuguei minhas mãos no pano e abracei de volta, mas assim que deitei a cabeça no ombro dele, senti cheiro de perfume de mulher.

Lua: De quem é esse cheiro de rata, índio? - Perguntei séria me afastando dele.

No MorroWhere stories live. Discover now