Na manhã de domingo Luhan os levou de volta para casa.
Baekhyun não quis sair da van quando chegaram, e ao invés de fazer um escândalo ou algum comentário, Luhan o deixou, puxou Chanyeol pelo braço e enfiou-o na casa.
A primeira coisa que Chanyeol viu ao entrar, foi que tudo estava em ordem. O chão estava limpo, os móveis que eles tinham organizado estavam nos mesmos lugares e a lata de cerveja que tinha jogado no chão continuava no mesmo canto, apenas a cerveja que não, já que ele tinha limpado. Seus pés se moveram rapidamente para o segundo andar, seus olhos deslizaram até o último degrau à procura do que ocorreu no sábado a tarde, mas assim que ele cruzou o corredor e abriu a porta do quarto, Chanyeol não encontrou nada.
— O que você acha que aconteceu aqui? — Luhan perguntou, apoiando-se na parede; Chanyeol não disse nada.
Ele apenas virou-se e voltou para Baekhyun. Estava sendo difícil assimilar o que ia fazer, mas não restava outra maneira.
Olhou para Baekhyun; sentando-o em um dos bancos da cozinha, ele segurou as suas mãos e disse:
— Não tem nada lá — Baekhyun entreabriu os lábios, mas não falou nada. — Príncipe, eu preciso ir para o trabalho agora.
— O quê? — Chanyeol desviou o olhar até Luhan, que estava ali de braços cruzados.
— Ontem, surgiu algo importante e que não pode esperar até amanhã... me desculpe.
Baekhyun assentiu, mas Chanyeol viu que as suas mãos tremiam. Ele apertou os olhos, umedecendo os lábios antes de deixá-lo ir, porém, antes, Baekhyun o segurou pelos pulsos e o puxou com força até conseguir abraçá-lo em uma posição que o fez inclinar-se sobre ele.
— Tenha cuidado — Baekhyun sussurrou em seu ouvido, soando mortificado. — Não demore.
Chanyeol afastou-se dele, olhando-o fixamente. As bochechas de Baekhyun tinham ficado vermelhas e seu semblante triste. Chanyeol olhou para Luhan novamente, que lhe sorriu tão logo se afastou de Baekhyun.
— Wángzí, há alguém que você precisa conhecer. Esta é a solução para a merda que Chanyeol fez com você.
— Do que você está falando? — Chanyeol inquiriu,ajudando Baekhyun a levantar-se.
— Da vizinha — e Baekhyun sorriu.
Victoria Song bateu na porta meia hora depois. Ela usava um coque alto, óculos, uma camisa um número maior do que o seu e jeans velhos. Também levava consigo uma grade de cerveja. Chanyeol encarou a caixa fixamente e depois voltou a fitar o rosto da mulher, que lhe sorriu com uma falsa simpatia.
— Já te disseram que você parece um pai desaprovando a babá? — disse ela entrando na casa, sem permissão.
— Não.
— Então eu acabo de dizer.
Com o olhar, ela procurou por Baekhyun enquanto Chanyeol continuava com o olhar cravado na caixinha de cervejas, eram ao menos seis. E enquanto ele a encarava, Luhan se aproximou, deu um breve abraço na mulher e tirou a caixa de suas mãos.
Chanyeol grunhiu.
— Baekhyun não pode ingerir álcool. — Victoria o ignorou. — É delicado.
— Aham, onde ele está?
Baekhyun havia subido para o quarto para tirar a roupa de Luhan e pôr algo mais confortável; Chanyeol tinha estado acompanhando-o durante todo o tempo até que a campainha tocou. No entanto, não passou tanto tempo desde que Victoria perguntou por Baekhyun e este apareceu descendo as escadas com uma rapidez disfarçada.
YOU ARE READING
O Outro [TRADUÇÃO PT-BR]
FanfictionComo enxergar a realidade quando não se tem olhos? Com uma mala cheia de roupas, o coração cheio de sonhos e o caminhão da mudança dobrando a esquina, Baekhyun acredita que nada pode dar errado. Mesmo que por outro lado, Chanyeol não tenha levado co...