Filhas Rebeldes

Capítulo 4

- Vocês estão bem? - Mary Margaret perguntou, quando ela correu para o quarto uma vez que a magia parou.

Emma se virou para encará-la, mas pela primeira vez, ela estava perdida. Bem, pelo menos ela achava que estava já que ela enfrentava o desconhecido. O que ela viu nos olhos da mulher de cabelos escuros, parecia muito com uma preocupação genuína e com o bem-estar delas, embora Emma não conseguisse entender por quê.

- Estamos bem - disse Emma, ​​olhando para Regina para se certificar de que era verdade.

De sua parte, Regina estava olhando entre Emma e Mary Margaret, com um olhar intrigado no rosto.

- O que? - Emma perguntou.

- Eu acho que ela está dizendo a verdade sobre ser sua mãe - Regina respondeu, notando a semelhança entre as duas.

- Minha mãe me abandonou ao lado de uma estrada quando eu não tinha nem uma hora de idade. - Emma zombou.

- Não é exatamente assim que aconteceu, Emma - disse Mary Margaret, dando um passo na direção dela.

Instintivamente, Emma deu um passo para trás. A verdade era que ela via a semelhança também, assim como via em David, mas não estava pronta para admitir isso. Como ela poderia? Ou essas pessoas eram loucas, ou eram mesmo as pessoas que a abandonaram sem pensar duas vezes, e ela não sabia o que era pior.

E ela lidou muitos pais adotivos loucos.

Ela não estava pronta para lidar com pais verdadeiros. Isso era muito estranho para ela.

- Não, só... Por favor, não - Emma disse, levantando a mão para Mary Margaret.

Mary Margaret assentiu e Emma não pôde deixar de notar um pouco de tristeza em seus olhos.

- Algumas das fadas estarão aqui em breve - disse ela, enquanto descia as escadas.

Uma vez que Mary Margaret e David estavam fora do alcance da voz, Regina se voltou para Emma:

- Você vê, não vê, a semelhança?

- Eu não quero falar sobre isso - Emma respondeu, quando ela se virou para desabafar, sem graça, na cama atrás dela. - Toda esta situação é demais para lidar.

- Eu sei - Regina admitiu, sentando-se educadamente novamente.

Emma suspirou e sentou-se novamente, caminhando ao lado de Regina.

- Sim, eu acho que não é fácil para você também. Você era próxima do seu pai?

Regina assentiu sem levantar os olhos. E então ela suspirou.

- Eu acho que se eu sou realmente uma adulta, então eu já devo ter sofrido antes - disse ela, balançando a cabeça como se estivesse tentando se convencer.

- Sim, mas, mesmo que seja verdade... Isso não significa que você não sente algo agora.

Regina colocou aquele sorriso falso de novo.

- Eu sou uma dama, sei como manter minhas emoções sob controle - ela insistiu.

- Isso é estranho, mas - Emma suspirou - se você ficar cansada de ser uma dama e você... Você sabe, quiser falar sobre isso ou algo assim, eu vou ouvir.

O sorriso falso de Regina começou a parecer um pouco mais real pela primeira vez.

- Eu agradeço por isso.