Capítulo 12

2.1K 214 28
                                    


Snow ainda estava de pé e esperando, impaciente, quando David trouxe Emma e Regina para casa. Ela estava do outro lado da sala, com os braços cruzados e os lábios franzidos quando David conduziu as garotas para dentro. Emma tentou sair e correr para o andar de cima, mas Snow se aproximou para bloquear o caminho.

- O que diabos você pensa que estava fazendo? - ela perguntou, em um sussurro áspero. Emma poderia dizer que ela estava irritada, mas era difícil levá-la a sério quando ela estava falando com uma voz tão baixa, para evitar acordar Henry e Neal. Emma tentou esconder seu sorriso, mas as memórias de beijar Regina, misturadas com o olhar atual de raiva no rosto de Snow, que de alguma forma parecia muito engraçado para Emma, eram demais.

- Eu saí - Emma encolheu os ombros, incapaz de abafar a pequena risadinha no final. Ela tinha certeza de que o rum que estava trabalhando nela agora. Não ajudando na situação.

- Você fugiu - Snow corrigiu - Eu estava preocupada com você!

- Por quê? - Emma perguntou - Eu posso cuidar de mim mesmo.

- Você tem dezesseis anos! - Snow a lembrou.

- Sim, exatamente, dezesseis. Não seis. Eu fugi de cinco casas desde que tinha treze anos. Eu passei semanas sozinha. Acho que posso aguentar algumas horas em uma cidade tranquila como Storybrooke - Emma zombou.

- Você esteve bebendo? - perguntou Snow, pegando o cheiro de rum no hálito de Emma.

Emma revirou os olhos.

- Você realmente quer me dar um sermão sobre minhas escolhas de vida agora, mãe? Você colocou um bebê recém-nascido em uma porra de uma árvore. Eu acho que decisões ruins são genéticas.

Os olhos de Snow se ergueram para encontrar David.

- Eu tive que... - ele murmurou para ela na luz fraca.

- Emma - disse Snow, seu tom suavizando.

- Não tente - disse Emma, ​​passando por ela para subir as escadas.

Regina ficou sem jeito, observando Emma até que ela chegou ao topo, e então olhou para Snow com olhos cautelosos, esperando a punição que ela estava certa de que estava prestes a ser entregue a ela.

- Vá - disse Snow, sacudindo a cabeça e saindo do caminho completamente para que Regina pudesse seguir Emma. Snow se aproximou de David e pôs a mão no peito dele. - O que nós vamos fazer?

- Lembre-se do que a Granny disse, ela não vai ser assim para sempre. Lembre-se, ela se transforma em uma adulta que nos ama - David lembrou a ela.

- Mas o que fazer enquanto isso? Nós não podemos simplesmente deixar ela enlouquecer por aí. Ela nos odeia. Como vamos controlar sua atuação sem lhe dar mais munição para usar contra nós? Não podemos puni-la.

- Ela não nos odeia - insistiu David. - Se odeia, ela não se importaria o suficiente para ficar chateada. Ela só está assustada e ainda tem todos os seus receios e mágoas.

- Então, o que faremos? - Snow perguntou novamente.

- Não tenho certeza - admitiu David.

No andar de cima, Emma e Regina estavam sentadas na cama, na sala quase escura, a centímetros umas das outras, mas sem se tocar. Mesmo sem o contato físico, Emma ainda podia sentir a magia fluindo entre elas.

- Minha mãe costumava usar magia para me conter quando eu desobedecia a ela - disse Regina, quebrando o silêncio que tinham compartilhado desde que chegaram ao andar de cima.

Filhas RebeldesWhere stories live. Discover now