cinco.

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a/n. deixarei alguns avisos importantes ao final do capítulo, não deixem de ler, por favor.

Margo não lembrava-se de adormecer na casa de Anthony. Mas, quando acordou, estava no sofá da sala de estar, e Steve estava há poucos metros, na poltrona ao lado. Começava a escurecer, ela notou, então estava ali há algumas horas.

— Oi. — Rogers se levantou e posicionou-se de frente para a morena, que sentou-se com certa dificuldade. — Tony me disse que passou mal. Não pude sair mais cedo do trabalho, mas ele disse que você estava bem.

Margo ergueu os olhos sobre os ombros de Steve, e notou Stark os olhando, com uma xícara de café em suas mãos. O mais velho fez um sinal para que ela concordasse.

— É, acho que foi apenas a pressão. — Ela balançou a cabeça, pondo-se de pé. Mas quase caiu para trás novamente, surpresa, quando uma criança cruzou a sala e a abraçou. Uma criança exageradamente parecida com Tony, ela diria.

— Tia Margo! — A menina exclamou, soltando-a no momento em que Pepper Potts também surgiu no recinto.

— Eu disse que ela está doente, meu amor! — Potts protestou, dirigindo um olhar animado para Alessio, antes de puxar a garota. — Não se pode pular assim em alguém que passou mal.

Margo tentou falar algo, mas as palavras sumiram de sua mente. Tony, por um segundo, pareceu se divertir com a confusão da morena.

— Então, agora que acordou, vamos para casa? — Steve interviu, engolindo em seco. Margo precisou refazer o próprio recado mental de que deveria perguntar à Stark o motivo de tanto desconforto entre os dois, até mesmo ali. Se limitou a assentir.

— Eu os acompanho até a porta. — Tony murmurou. Talvez, ela não fosse a única que tivesse algo a falar, afinal.

— Não precisa me pedir para esperar no carro. — Rogers resmungou, percebendo o mesmo. Sem nem mesmo se despedir verbalmente de Stark, foi até o carro, que estava estacionado do outro lado da rua.

— Uma criança? — Margo ergueu a sobrancelha, quando o loiro se afastou o suficiente dali.

— Duas, na verdade. Mas James tem treino de basquete à noite, enquanto Maria costuma se trancar no carro para estudar violino. — O mais velho sorriu. Margo notou que, de certa forma, havia uma satisfação no rosto de Tony ao dizer aquelas palavras. Algo que, aliás, ela daria de tudo para sentir, também. — Informação demais?

— Por que você se lembra de tudo, e eu não?

— Eu sou uma projeção de algo criado por você, de qualquer forma, e estava ao seu lado quando tudo isso... Nasceu. — Anthony deu de ombros. Ele parecia mais leve, relaxado. Apesar de estar preso, assim como ela, não havia nada que pudesse invadir a sua casa para tentar matá-lo naquele lugar. Enquanto não encontrassem um modo de voltar para onde deveriam estar, aquela era a sua realidade. Algo normal. Algo com o qual Alessio sonhou por muito tempo, antes de chegar ali.

Era quase irônico que, no final de tudo, ela sentisse tanta necessidade de voltar à sua verdadeira vida.

— Vá para casa, Margo. Tentarei pensar em algum modo de resolver as coisas, e nos falamos amanhã. — Tony concluiu, por fim.

— Steve ficou surpreso, quando pedi para vir até sua casa. Por quê?!

— Tivemos uma discussão pouco antes de seu casamento, de acordo com o que me recordo. Trabalhávamos na mesma empresa, mas precisamos concorrer pelo mesmo cargo. — Tony revirou os olhos. Aparentemente, concorrer por um cargo em uma empresa lhe soava como algo ridículo. Afinal, não havia nada naquele lugar que não lhe soasse minimamente ridículo. — Você venceu, eu fui demitido. Isso nos distanciou, e eu fiz questão de beber mais do que deveria na cerimônia. Não foi legal, eu sei. Eu jamais faria isso.

✓ veneno ── infinity warWhere stories live. Discover now