fourteen.

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a/n. estamos no penúltimo capítulo! enfim, MUITA coisa será esclarecida neste capítulo para o próximo, então leiam com bastante atenção e qualquer coisa é só me chamar nas mensagens! espero que gostem.



Margo recuou. Achara que tudo o que havia lhe acontecido até aquele momento fosse estranho o suficiente. Mas não. É claro que poderia piorar. Obviamente, ela se veria em um quarto de hospital, frente à frente com dois clones de si mesma. Por que não previra que algo como aquilo poderia acontecer?

— Sei o que está pensando. Na verdade, sei tudo o que pensou, pensa ou vai pensar. Talvez eu seja a pessoa que mais a conheça, afinal. — A figura morena se levantou da pequena poltrona com um sorriso no rosto. — Não, você não está delirando.

— Espero que tenha uma explicação aceitável para isso, então. — Margo engoliu em seco. — Porque não é todo dia que consigo encontrar-me comigo mesma.

— Não tenho um nome para me apresentar. — Margo recuou ao ver a figura se aproximar. — Mas sou o que você chamaria de consciência.

Consciência?!

— Deveria ser mais fácil falar com você, mas... Você sabe, nossos poderes não são os mais fáceis de lidar.

— Então você tenta falar comigo? — Margo ergueu uma sobrancelha, quase incrédula.

— Já fazem alguns anos desde que não funciona da mesma forma, e não passam de tentativas falhas. — A figura cruzou os braços. Margo fez uma careta. Aquilo era como falar com uma outra pessoa, e não consigo mesma. — Não, Margo, eu não sou outra pessoa. Eu sou tudo o que você é, aliás, mas as pessoas que te deram seu poder não queriam que você realmente fosse. Construíram uma barreira entre nós, porque seu conhecimento é um risco para muita gente. Exceto para você mesma, é claro.

— Já que é capaz de saber o que penso, deve saber que eu não entendo uma mínima parcela do que diz.

— É, sei que não. — A figura sorriu, e só então Alessio percebeu a roupa que usava. Era como o uniforme que Natasha Romanoff costumava usar, se não fosse os detalhes em verde. Antes que pudesse perguntar o porquê daquele traje, sua consciência tornou a falar. — Venha, vamos dar uma volta. Temos muito assunto, mas pouco tempo.

Em um piscar de olhos — literalmente —, Alessio se viu em lugar nenhum. Não havia nada, apenas uma imensidão, o vazio. Vez ou outra, um ponto colorido parecia acender, mas logo se apagava.

— O que é isso?

— Sua mente. — Sua consciência sorriu, soltando um suspiro. — Entenda algo, Margo. Existe a sua parte emocional, que é levada pelo coração, em uma linguagem não tão figurada. Existe a consciência, que sou eu, que trabalho de forma um pouco mais... Racional, eu diria. E, por fim, a parcela corpórea.

— Achei que isso só existisse nas aulas de filosofia. — Margo resmungou, tentando achar algum modo de absorver todas aquelas informações do modo mais simples possível.

— Ah, não. O que vocês chamam de filosofia costuma explicar muito bem sobre... Tudo. De qualquer modo, seus poderes afetaram o seu corpo e, consequentemente, tudo o que te torna humana.

Houve um estrondo.

— Isso é o que acontece quando seu corpo começa a lutar consigo mesmo. Sabe, não permitindo que todas as três partes trabalhem em conjunto.

— É a causa de todos os colapsos. — Margo concluiu, e a morena ao seu lado assentiu.

— Te colocar nessa projeção astral não foi nem um pouco fácil, aliás. Não é àtoa que está em um hospital.

✓ veneno ── infinity warOnde histórias criam vida. Descubra agora