Capítulo 9

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[Bônus Draco Malfoy]

Início do ano letivo
Estação King Kross, Plataforma
Nove três quartos

Minha mãe me olhava com carinho enquanto só tinha um olhar gélido de meu pai. Estava na estação para pegar o trem para Hogwarts, para um novo ano. Me despedia de meus pais quando sinto um cheiro maravilhoso.
"Vocês dois estão sentido esse cheiro?" Digo me soltando de minha mãe quase que para correr em direção à fonte. Tinha quase certeza que eu poderia passar o resto da minha vida em frente à quem emitia esse cheiro.
"Que cheiro querido? Só sinto cheiro de estação de trem" minha mãe diz.
"Esse cheiro bom, ele quase me faz correr em direção à ele". Digo ainda procurando com o olho a possível fonte.
Minha mãe olha preocupada para meu pai.
"Draco, temos que lhe dizer uma coisa" Lucius fala, mas é interrompido pelo apito. "Vá logo, conversaremos nas suas férias. Só não tente nada estúpido".
Concordo com a cabeça e subo no trem com Goyle e Crabbe. Nos sentamos em uma das cabines e nos trocamos. Sinto o cheiro mais forte e me levanto, indo em sua direção. Os dois garotos me seguem e acho a pessoa que me atraia. Abro a porta da cabine e me deparo com Potter e seus amigos. Busco alguém diferente e encontro uma menina ao lado dele. Eu a encaro, sentindo meu coração acelerando. Tive que me segurar para não passar por cima da mesa e chegar até ela.

"Ora, se não é O Menino Que Sobreviveu, Oh, todos salvem o Santo Potter" eu digo rindo com seus amigos, deixando todos um silêncio constrangedor.

"Por que você volta pro inferno de onde você surgiu e vai atormentar outra pessoa" a menina fala distraidamente.

"Como você ousa falar comigo deste jeito? Deixe me adivinhar; uniformes sem emblema e não me conhece, provavelmente é só mais uma sangue ruim que entrará em Hogwarts. E quem é você, alguém que o Potter contratou para ser seu amigo?" Eu digo fazendo minhas montanhas rirem

"Como VOCÊ ousa falar comigo ou com meus amigos assim, não te conheço, mas posso ver que quem tem "amigos" pelo dinheiro aqui é você, e não te interessa que eu sou, seus pais não te deram amor ou só você é um cuzão mesmo?" Ela diz irritada e eu a olho ainda mais bravo. Vejo uma cobra saindo do pescoço dela e vindo em minha direção. Arregalo os olhos enquanto a cobra se aproximava mais ainda de mim.
"Você  vai se arrepender, sangue ruim, e você também Potter" eu digo e me viro, saindo da cabine. Como alguém que tem um cheiro tão bom pode ser assim? Uma sangue ruim nojenta. Eu vou esquecer que isso aconteceu, provavelmente ela vai ser pega pela lula gigante, se Merlin quiser.

Passagem de tempo
Escolha das casas

Como sempre a seleção das casas era um evento chato. Todos os primeiros anos já estavam em suas respectivas casas, enquanto a menina do trem ainda não apareceu. Não que eu estivesse interessado nela ou na vida dela, mas gostaria de saber se ela já havia voltado para casa. Sorrio com esse pensamento até ver a Professora MacGonagall sair e voltar com a menina. Mais uma vez me seguro para não ir até ela. Mas uma coisa totalmente louca passou pela minha cabeça; eu PRECISAVA ir até ela e a morder, fazer uma marca. Enrugo a testa e afasto isso da minha cabeça. Ela se senta no banco e o Chapéu Seletor começa a sua análise. Ela sorria e de repente uma careta aparece no momento em que o chapéu a coloca na Sonserina. Ela vem burrada e não consigo parar de olha-la. Um mestiço dá espaço para ela sentar e eles começam a conversar. Ela ergue o olhar e me vê, já olhando para ela. Eduarda desvia o olhar e se assusta quando a ceia aparece.
"Draquinho, meu amor, no que você está prestando atenção?" Pansy surge do meu lado e agarra meu pescoço.
"Nada Pansy, eu já te disse para não me chamar de 'Draquinho'" digo a afastando de mim. O jantar acaba e a menina continua a andar com o mestiço. Vejo de longe Dumbledore parar eles e seguir com ela até uma sala. Me escondo e vejo o amigo dela se sentar em um dos bancos. Madame Nor-r-ra aparece e ele corre, indo em direção aos dormitórios. Depois de um tempo, ela sai da sala e olha para os lados. Começa a andar pelos corredores, e eu sempre a seguindo escondido. Decido que era hora de intervir e me coloco em sua frente, a fazendo cair.
"Mil perdões, estava procurando alguém para me ajudar a achar os dormitórios da Sonserina. Me desculpe"ela diz colocando a mão na cabeça.
"Lumus" eu digo e aponto para ela.
Ela pisca algumas vezes me encara, revirando os olhos. Ela se levanta um pouco tonta e continua a me olhar. Marque ela, agora mesmo, não está vendo? A mesma voz de hoje mais cedo apareceu, e eu a afastei novamente.
"Será que dá para tirar essa luz da minha cara?" Ela diz nervosa.
"Nox".
"Vamos, eu te mostro o caminho"  eu digo liderando o caminho, passando por ela. Tenho vontade de colocar minha cabeça em seu cabelo, apenas para sentir mais profundamente o seu cheiro.
Ela me olha de um jeito estranho, mas me segue mesmo assim, com uma boa distância entra nós.
Paramos em frente à passagem para a nossa comunal e eu digo a senha, fazendo aparecer a passagem.
Ela olha o local e encontra o menino. Ele a abraça e me sinto desconfortável. Os dois entram no que parece outra sala, atrás de um dos quadros. Mas antes deles sumirem, dou uma boa encarada nela.


My Little Mudblood [D.M]Where stories live. Discover now