Capítulo 33

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Acordo na manhã seguinte com meu corpo doendo, parecia que fui espancada enquanto eu dormia. Me levanto e arrumo a cama, coloco a primeira muda de roupa que estava na minha bolsa e vou ao banheiro. Quase levo um susto ao ver o meu reflexo no espelho; Eu estava quase amarela, com profundas olheiras. Eu estava parecendo uma caveira. 

Tendo dar uma arrumada por cima em meu cabelo e vou em direção a cozinha, onde todos me esperavam com cara de preocupados.

"Venha aqui, sente e coma alguma coisa, está bem? Depois que terminar seu café-da-manhã iremos conversar" A Sra Weasley fala e aponta para uma das cadeiras. A mesa estava lotada de frutas e pãezinhos. Como rapidamente e, com um aceno da varinha dela a mesa some.

A conversa foi exaustiva, me perguntando toda hora as mesmas coisas. Respondia tudo com a maior quantidade de detalhes que eu conseguia lembrar, mesmo não sendo muitos.

"Ok, vamos deixar ela descansar um pouco. Enviei uma carta hoje mais cedo para Dumbleodore, então provavelmente hoje a tarde teremos uma resposta. Até lá Eduarda, você ficará em repouso" o Sr Arthur fala e recebe alguns protestos dos gêmeos que queriam passar a tarde jogando com um time completo. 

Passei o resto do dia enfurnada em 'meu' quarto. Trabalho do Snape aí vamos nós! (sintam o sarcasmo no ar).

Passagem de Tempo

Uma semana depois

Harry e Hermione haviam chego a uns 5 dias, para me ajudar a passar o tédio no quarto. Aprendi um pouco sobre as novas 'gemialidades' e até dei algumas dicas a Fred e George sobre alguns logros trouxas, que certamente "estariam na próxima coleção". Eu e Hermione passávamos as tardes discutindo sobre os livros que eu tinha trazido e sobre algumas anotações dela. Quando estávamos os quatro reunidos discutíamos sobre os meus sonhos e as visões do Harry. Faltava dois dias para voltarmos ao colégio, eu tinha conseguido terminar todos os trabalhos para a entrega, diferente de Rony e Harry que estavam implorando a Hermione para deixá-los copiarem dela.

Era depois do almoço quando uma carta de Hogwarts chega na casa dos Weasley, endereçada a mim. Peguei a carta e a abri, lendo a esma e não entendendo nada.

"Me dê aqui Eduarda. Vejamos, Cara Senhorita Eduarda... ótimas férias... sua presença é requisitada com urgência.. deve estar preparada.. aparatação com a Sra Weasley.. Atenciosamente Alvo Dumbleodore, Eduarda, pelo jeito você terá que voltar para Hogwarts antes. Vou levar a carta para Molly" Hermione fala e sai rapidamente da sala onde estávamos.

Eu estava extremamente curiosa, mas receosa também. Não parecia ser um bom sinal ser intimada a ir para o colégio nas férias. Após alguns minutos a Sra Weasley aparece na sala limpando as mãos de farinha no avental.

"Eduarda, está pronta? Pegue uma bolsa de Rony e leve somente o necessário para passar os dois dias, eles levarão as suas coisas com eles quando voltarem para o colégio" Molly fala  tirando o avental. Vou para o meu quarto e coloco rapidamente minhas coisas em uma mala que já estava em meu quarto. Me despeço dos meus amigos e seguro a mão da Sra Weasley, que já estava do lado de fora da casa. "Você pode achar estranho, mas não solte a minha mão, está ouvindo?"

Eu seguro a mão dela bem forte enquanto sentia um puxão em meu umbigo. Depois disso foram os segundos mais loucos da minha vida. Eu podia jurar que estava em uma montanha-russa, mas sem nenhum carrinho ou trilhos. Quando percebo que já tinha acabado, tínhamos chego em Hogsmead.  Subimos correndo a colina até chegarmos no portão, onde Filch jé nos esperava com sua habitual carranca. Somos guiadas pelo castelo até a sala do diretor, que estava nos esperando.

"Espero que a viagem tenha sido agradável Srta Eduarda" Alvo começa, mas algo em sua voz dizia que estava preocupado. "Agradeço que tenham sido rápidas em chegar aqui. Digamos que estamos com um problema que apenas você poderia resolver Eduarda. Mas antes eu tenho que dar uma palavrinha com a Sra Weasley, pode esperar do lado de fora?" ele pergunta para mim e eu assinto, descendo as escadas.

Era estranho ver o castelo quase vazio quando se estava acostumada a ver centenas de alunos passeando por seus corredores. Vou andando pelos corredores próximos da torre do diretor, caso ele quisesse conversar mais sobre o 'problema'. Ouço alguma coisa ecoando pelas paredes de pedra, como um grunhido ou um lamento. Vou seguindo devagar pela direção que achava ser a origem do barulho.

"Eduarda" Dumbleodore fala atrás de mim me dando um grande susto.

"Sim professor?" me recupero do espanto e o encaro.

"Eu preciso que me acompanhe até a Enfermaria. Preciso pedir para você que o que quer que veja lá dentro deve ser mantido em extremo sigilo, pelo menos até eu entender tudo, está bem?" ele mais ordeno do que pede, mas não falo nada.

O sigo pelos corredores e o barulho vai aumentando consideravelmente. Sinto meu coração batendo forte dentro do meu corpo, eu estava com medo? Não parecia ser, talvez ansiedade? Ok, eu não sei descrever o que estava sentido, mas não era agradável. O diretor abre as grandes portas de madeira, revelando a enfermaria aparentemente vazia, a não ser por um grupo reunido do outro lado da sala. Eu sentia que ia pisar em falso a qualquer minuto, mas me mantive andando ao lado do Professor. Eu podia reconhecer apenas dois rostos no grupo; o da Madame Pomfrey e da Sra Malfoy, o que não era um bom sinal.

"Ela chegou, vamos eu preciso que todos saiam da enfermaria agora, menos a Sra Malfoy e Madame Pomfrey" Alvo fala mais alto do que os grunhidos e todos os outros saíram tão rapidamente que pareciam formigas. A seguinte visão me fez perder o folego; Malfoy estava se contorcendo e gritando em uma cama.

"Malfoy? Mas o qu.." Começo a falar, mas minha voz é abafada pelos gritos dele. Essa foi uma das piores cenas de toda a minha vida. Ele parecia tão doente, estava tremendo e chorando muito enquanto não parava de se contorcer. A Sra Malfoy me olhava com sua cara fria, mas com os olhos cheios de lágrimas.

Eu não estava entendendo nada. Me aproximo um pouco mais dele, com medo de ser acertada sem querer pelos movimentos bruscos. Eu não tinha reação alguma, não sabia o que fazer.

"Professor, como.. como eu posso ajudar? esse era o problema?" pergunto querendo algumas respostas.

"Srta, esse é sim o problema que falei. Como poderia ajudar? O que você vai fazer, qual é o seu instinto agora?" ele me pergunta e eu o olho incrédula. Ele me traz para o colégio sem mais nem menos, fala que eu tenho que resolver um problema, vejo o Malfoy parecendo a garota do Exorcista e nem me fala como o ajudar. Me viro novamente para Draco e respiro fundo, colocando a mão em seu peito para que parasse de se mexer, eu precisava pensar um pouco e com ele se debatendo não estava ajudando. No mesmo instante que o toco, Malfoy para do nada, ficando imóvel.

"Ai meu Deus ele está..?" pergunto assutada e retiro a mão rapidamente. Eu tinha matado Draco Malfoy.

"Quanto a suas dúvidas Sra Malfoy, suponho que estejam claras agora" Dumbleodore fala calmamente. Será que dá para prestar atenção aqui? Ele tá morto!

"Ele só está dormindo, teve momentos muito difíceis. E eu acho melhor todos tomarem um chá, vamos se acalmar. O senhor Malfoy está em segurança agora" o diretor finalmente me responde e eu volto a encarar ele. Agora Draco estava quieto, provavelmente dormiria pelas próximas horas. Me afasto um pouco para seguir o diretor e a Sra Malfoy, que ainda me encarava com a sua máscara. Malfoy abre os olhos de supetão e agarra minha mão, não me deixando andar. Ele estava tão nervoso e quase, desesperado?

O olho assutada pelo gesto repentino, mas com a minha mão livre me solto de seu aperto gentilmente, dando a mão para ele logo depois. Draco se acalma novamente e volta para o seu sono.

"Senhorita Eduarda, se importa de ficar com o Senhor Draco Malfoy mais um pouco, só para eu conseguir conversar com as Senhoras Weasley e Malfoy?" Dumbleodore me pergunta sorrindo como se tivesse escolha.

Me sento em uma cadeira que tinha do lado da cama e fico olhando para Draco e para nossas mãos. Onde fui me meter?

My Little Mudblood [D.M]Where stories live. Discover now